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Geral Em Washington, presidente da Ucrânia ouve de Joe Biden a promessa de apoio americano “pelo tempo que precisar”

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Volodymyr Zelensky ao lado do presidente dos EUA, Joe Biden. Ucraniano deixou claro seu apetite por mais armamentos e equipamentos. (Foto: Reprodução/Twitter)

Em sua primeira viagem internacional desde o início da invasão de seu país pela Rússia em fevereiro, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, foi a Washington nesta quarta-feira (21) em busca de mais apoio americano e teve sucesso. Além da confirmação de que os Estados Unidos doarão às forças de defesa ucranianas uma bateria de mísseis Patriot, um de seus sistemas de defesa aérea mais avançados, o líder ucraniano escutou promessas de apoio americano por tempo ilimitado, no dia em que a guerra completou 300 dias.

“O povo americano esteve com vocês em cada passo do caminho”, disse Biden a Zelensky em uma entrevista coletiva conjunta após uma reunião a portas fechadas. “E nós vamos ficar com vocês. Ficaremos com vocês o tempo que for necessário.”

A visita constitui um momento notável para Zelensky. Ao chegar ao poder em maio de 2019, ele buscava apoio americano na área de segurança, para aumentar sua defesa contra uma possível agressão russa. Em setembro daquele ano, viu-se involuntariamente envolvido em uma disputa interna da política americana, ao sofrer pressão do então presidente, Donald Trump, para investigar os negócios do filho de Biden em seu país. Agora, é celebrado como herói de guerra e como ícone da resistência contra uma agressão injusta.

Ao chegar na Casa Branca, por volta das 14h locais (16h em Brasília), Zelensky e os demais membros de sua comitiva trajavam os seus característicos uniformes militares em vez de ternos. Biden, enquanto caminhava ao seu lado sobre o tapete vermelho estendido para a ocasião rumo à entrada na Casa Branca, pôs afetuosamente a mão sobre o ombro do ucraniano.

Logo depois, sentados lado a lado em frente a uma lareira acesa no Salão Oval, Zelensky agradeceu a Biden por seu “grande apoio e liderança em toda a Europa”.

“Acho que é muito difícil entender o que significa quando dizemos valorizar muito, mas você realmente precisa saber disso”, disse Zelensky em inglês.

Em resposta, Biden prometeu manter o apoio. Ao todo, calcula-se que os Estados Unidos já tenham cedido cerca de US$ 50 bilhões, entre ajuda financeira, humanitária e militar, à Ucrânia:

“Vamos continuar a fortalecer a capacidade da Ucrânia de se defender, principalmente a sua defesa aérea”, disse Biden a Zelensky.

O grande exemplo foi anunciado logo após a viagem ser confirmada pela manhã. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou que os Estados Unidos vão enviar à Ucrânia outros US$ 1,8 bilhão em ajuda militar, incluindo uma bateria dos cobiçados mísseis de interceptação Patriots.

As declarações no Salão Oval perante as câmeras foram realizadas antes de um encontro a portas fechadas de duas horas. Biden disse que o presidente russo, Vladimir Putin, “tenta usar o inverno como uma arma, mas o povo ucraniano continua a inspirar o mundo”.

“Quero dizer isso sinceramente; não apenas nos inspiram, mas inspiram o mundo com sua coragem e por como escolheram ter resiliência e determinação para o futuro.”

Após a reunião, houve a entrevista coletiva conjunta, na qual Zelensky alternou-se entre o inglês e o ucraniano. Algumas tensões ali ficaram evidentes. Zelensky, por exemplo, deixou claro que seu apetite por mais armamentos e equipamentos não é pequeno:

“Gostaríamos de ter mais Patriots”, disse o ucraniano, sob risos dos presentes. “Estamos em guerra, sinto muito.”

Pouco depois, um jornalista estrangeiro perguntou a Zelensky e Biden se a Ucrânia poderia receber tudo de que precisa para expulsar a Rússia da Ucrânia. A pergunta é séria, pois o volume e a qualidade do apoio americano são cuidadosamente calculados pela inteligência do país. Biden adiantou-se para responder:

“A resposta dele é sim”, afirmou o presidente americano, despertando risadas.

“Concordo”, acrescentou Zelensky, sob mais risos.

Zelensky, que antes de entrar para a política era ator, e cuja facilidade com a mídia e comportamento direto o ajudaram a atrair apoio mundial para a causa da Ucrânia, mais tarde fará um discurso ao Congresso, que está finalizando um novo pacote de US$ 45 bilhões para a Ucrânia, que precisa ser aprovado no início do ano que vem.

Durante a coletiva, ele se referiu à expectativa de que haja apoio dos dois partidos políticos à proposta. A Ucrânia goza de amplo apoio tanto entre democratas quanto entre republicanos nos Estados Unidos, que votam a favor da manutenção da ajuda ao país. Mesmo assim, há republicanos de extrema direita que se opõem ou expressam simpatia por Putin.

A visita de Zelensky foi planejada discretamente, começando com um telefonema entre Biden e o ucraniano em 11 de dezembro, seguido por um convite formal há uma semana e a confirmação da visita no domingo, disseram autoridades americanas.

O presidente chegou em um avião oficial do governo dos EUA, e sites de rastreamento de voos indicaram que partiu de Rzeszow, na Polônia, uma cidade perto da fronteira com a Ucrânia que se tornou um centro de apoio ocidental. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.

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