Segunda-feira, 21 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 14 de julho de 2022
Linguiça, presunto (cozido, di parma, cru), salame, salsicha, apresuntado, peito de peru e blanquet de peru são exemplos de embutidos.
Foto: ReproduçãoAutoridades francesas colocaram os embutidos na mira após a agência local de saúde confirmar uma ligação entre o risco de câncer e a exposição a nitritos. Em sua nota, a Agência Nacional de Segurança Alimentar (Anses) da França destacou os aditivos encontrados nas carnes processadas.
São essas substâncias que, por exemplo, conferem ao presunto a cor rosada ou que permitem aos alimentos um maior tempo de conservação. A confirmação da Anses é da “existência de uma associação entre o risco de cancro colorretal e a exposição a nitratos e nitritos”.
A agência francesa de saúde diz que sua análise de dados de publicações científicas sobre o assunto está em sintonia com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou as carnes processadas como cancerígenas em 2015 – em especial, os frios. As substâncias também são suspeitas de estarem associadas a outros cânceres, como de ovário, rim, pâncreas e mama.
Prato de todos
Na França, os embutidos são consumidos por 94% da população, de maneira regular. Um maior consumo desses compostos significa maior risco de câncer na população. A Anses aponta que os franceses estão expostos de maneira constante aos nitratos, que estão presentes também na água e nos vegetais (mas o problema mais grave está na presença deles nos embutidos). Essas substâncias compõem, naturalmente, o solo e se acumulam nas plantas.
Exemplos de embutidos são: linguiça, presunto (cozido, di parma, cru), salame, salsicha, apresuntado, peito de peru, blanquet de peru, mortadela, copa, pastrami, tender, lombo, salsichão, lombo defumado, morcela, paio, alguns rosbifes industrializados,carne enlatada, nuggets, steaks, hambúrguer, iscas ou tiras de frango empanados.
Recomendação
Diante disso, a recomendação da Anses é de um consumo máximo de 150 gramas semanais desses produtos. Segundo a agência, a grande maioria dos franceses não ultrapassa as recomendações de doses diárias desses produtos, admitidas pela Autoridade Europeia de Saúde Alimentar (EFSA).
O governo francês anunciou que deve apresentar um plano de ação em breve sobre a redução do uso de nitritos nos alimentos. “Esta redução deve ser feita em um equilíbrio que garanta a segurança alimentar do consumidor”, escrevem em nota as autoridades locais, garantindo que seguirão as recomendações da Anses.