Saúde Emergências de Porto Alegre reabrem atendendo com restrição máxima
Por Redação O Sul | 18 de março de 2021
Após as emergências de hospitais fecharem as portas em Porto Alegre, uma organização interna permitiu a reabertura. Agora, os atendimentos estão restritos ao máximo, sendo atendimentos somente casos gravíssimos.
A alta demanda nos hospitais de Porto Alegre atingiu todos os setores. Com as unidades de tratamento intensivo esgotadas, leitos improvisados começaram a ser montados nas emergências. E o atendimento desse setor tão importante para uma instituição de saúde precisou ficar restrito. O Hospital de Clínicas fechou a unidade e segue com a medida. Já a Santa Casa de Porto Alegre reabriu as emergências, com restrições, após dois dias fechadas.
“Obviamente que todos estão acima da sua capacidade, não é só a Santa Casa, são todas as instituições, as UPAs também. A gente consegue ver diariamente isso. Nós tivemos que fazer uma modificação de espaço físico na emergência, o que nos mantem hoje nesse sistema de restrição, também por questões de espaço físico”, explicou a coordenadora das Emergências da Santa Casa, Ana Paula Aerts.
No Hospital Conceição, o atendimento segue restrito a casos graves que chegam através de ambulâncias. A instituição, que opera 100% pelo SUS, recebeu oito pacientes nessa última terça-feira (16) e também não tem previsão de uma retomada do setor ao normal.
“Nós estamos avaliando o retorno do nosso atendimento se tivermos condições seguras. Nós não podemos colocar em risco aquele que busca atendimento nas nossas emergências”, esclareceu o diretor do Hospital Conceição, Claudio Oliveira.
A terça-feira (16) foi de recorde no estado. Foram registradas 502 mortes por Covid-19 no Rio Grande do Sul, o maior número contabilizado desde o início da pandemia. Somente nos primeiros 15 dias de março, já foram mais de 2.300 mortes por Covid em solo gaúcho, número que supera os óbitos do mês de dezembro, que até então era a pior fase da pandemia no estado.
Se a sociedade precisa seguir os cuidados para não piorar ainda mais o sistema de saúde do estado, as instituições também possuem um desafio para os próximos dias.
“O maior desafio é esse, a gente manter a organização, manter todo mundo trabalhando como equipe, como já está sendo feito hoje. As instituições todas se ajudando em um contexto de união mesmo. O maior desafio é conseguir manter essa estrutura que já estamos fazendo e tentar a manutenção dessas questões psíquicas também”, destacou Ana.
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