Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 18 de janeiro de 2016
A cúpula da OAS montou um plano para “postergar ao máximo” o andamento de ações de improbidade administrativa contra o grupo e, para isso, buscou influenciar votos no STJ (Superior Tribunal de Justiça) por meio de “amigos” na Corte. Mensagens de celular trocadas em 2012 e 2013 entre o ex-presidente da empreiteira Léo Pinheiro e o então diretor de Ações Cíveis da empresa, Bruno Menezes Brasil, revelam estratégias de aproximação com dois ministros, o que incluiu uma suposta busca de ajuda junto ao filho de um deles, que advoga em processos no STJ.
As suspeitas são descritas em relatório da PF (Polícia Federal), obtido pelo jornal O Globo, que detalha todas as mensagens encontradas em dois celulares de Pinheiro. O documento trata da troca de favores entre o empreiteiro e 29 agentes políticos. A PF não identificou os processos citados nas mensagens e os detalhes da ofensiva. O relatório foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República por conta das citações a políticos com foro privilegiado.
A primeira ofensiva ocorreu em 26 de agosto de 2012 e partiu de Pinheiro. “Bruno, vou precisar para sexta-feira um resumo das ações de improbidade. Onde vão se concentrar os julgamentos e o tempo. Quando forem para o STJ quem serão os possíveis julgadores. Se tiver dúvida me ligue. Abs.” (AG)