Segunda-feira, 10 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de maio de 2015
O empresário Ricardo Pessoa, dono das empreiteiras UTC e Constran, afirmou aos procuradores da Operação Lava-Jato que a doação que fez à campanha do atual governador de Alagoas Renan Filho (PMDB), em 2014, eram parte da propina paga para manter os seus contratos na Petrobras. O dinheiro, em um total de 1 milhão de reais, teria sido repassado em duas parcelas (agosto e setembro), por meio do diretório estadual do partido
Através de sua assessoria, o governador, filho do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), justificou que as contribuições financeiras à sua campanha foram feitas de forma legal e que as contas tiveram a aprovação da Justiça Eleitoral. Outras seis empreiteiras investigadas fizeram doações ao diretório do PMDB em Alagoas e à campanha de Renan Filho. A soma é de 7,7 milhões de reais, equivalente a 40% dos gastos do candidato.
Suspeito de liderar o cartel de empresa suspeitas, o empreiteiro obteve um acordo de delação premiada com a PGR (Procuradoria-Geral da República). Ele entregou vários documentos e uma lista de fatos que promete detalhar nos próximos dias.
Nos depoimentos, Pessoa já apontou como beneficiários do esquema de corrupção na Petrobras os nomes de pelo menos dez congressistas e de outro governador além de Renan Filho. Ao todo, 48 políticos estão sob investigação da PGR, dentre eles o próprio presidente do Senado. (Folhapress)