Segunda-feira, 03 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de março de 2020
Fundações são efetuadas à noite para que não haja impacto significativo no trânsito
Foto: Luciano Lanes/PMPAVencedora do processo de concessão dos novos relógios de rua em Porto Alegre, a filial brasileira da empresa norte-americana Clear Channel iniciou nesta semana a primeira fase de instalação dos 168 equipamentos previstos pelo contrato com a prefeitura. A etapa consiste na execução de bases de concreto em diferentes pontos da capital gaúcha, após a retirada, nas últimas semanas, das unidades desativadas.
Ao todo, serão 108 totens a mais do que havia na cidade até a desativação do serviço na cidade, em julho de 2015. Eles estarão espalhados por todas as regiões da cidade em até 24 meses. A empresa vencedora assumiu o contrato após duas licitações sem sucesso nas administrações anteriores.
As fundações são executadas no turno da noite, para que não haja impacto significativo no trânsito de veículos e pedestres, já que alguns locais de intervenção estão localizados em canteiros.
Trata-se do primeiro acordo de PPP (parceria público-privada) de mobiliário urbano concluído pela atual gestão municipal, que define a iniciativa como parte de “um projeto amplo para transformar Porto Alegre em uma cidade mais segura e conectada, com serviços agregados e mais eficientes”. A instalação dos novos relógios não tem custo aos cofres públicos.
Além do painel com horário, o relógio – importado – terá câmeras de segurança pública, sinal gratuito de internet sem-fio, informação sobre incidência de radiação solar e veiculação de mensagens à população.
“A nossa expectativa é que os novos relógios comecem a ser instalados em maio”, projeta o titular da Smim (Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana), Marcelo Gazen. “A empresa contratada informa, ponto por ponto, o planejamento de execução e avalia em conjunto com a prefeitura possíveis adequações, como por exemplo, a presença de árvores que prejudiquem a visibilidade. As fundações serão feitas com todos os dispositivos de espera para o funcionamento dos novos aparelhos, como instalações elétricas e a fibra ótica.”
Investimentos
As concessões de serviços a empresas privadas possibilita ainda novos investimentos em mobiliário urbano com o ingresso de dinheiro nos cofres públicos. No caso dos relógios, a concessionária venceu a licitação ao apresentar valor de outorga de R$ 81,7 milhões, 11 vezes maior que o lance mínimo, de R$ 7 milhões.
Para instalação dos aparelhos, o investimento estimado é superior a R$ 11 milhões. A concessão está prevista por um prazo de 20 anos e a gestão do contrato ficará a cargo da Smim. Além de não precisar destinar dinheiro para instalação e manutenção, a prefeitura terá participação no faturamento, recebendo mensalmente da empresa uma parte do valor decorrente da exploração publicitária.
(Marcello Campos)