Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 30 de maio de 2019
				A Raks Tecnologia Agrícola ingressa, a partir do dia 3 de junho, no programa Iowa Agritech Accelerator, com foco no desenvolvimento internacional de empresas com soluções para o agronegócio. A startup gaúcha, incubada no Tecnosinos, em São Leopoldo, participará dos 100 dias de aceleração na cidade de Des Moines (EUA). Os representantes da startup gaúcha participarão de rodadas de mentorias, workshops, capacitações, visitas a empresas parceiras e a lavouras que são referência em tecnologia. Eles também irão participar de feiras agrícolas, apresentando o produto a investidores e agricultores norte-americanos.
A empresa desenvolveu um programa de otimização e automatização do processo de irrigação do solo. Sensores de umidade movidos a energia solar comunicam-se com um sistema central e, assim, os produtores podem acompanhar os dados de umidade do solo por site ou aplicativo. Sem necessidade de deslocamento até a lavoura, os produtores recebem um alerta sobre a necessidade de irrigação, que é acionada à distância. Eles também têm a opção de configurar o sistema para que a irrigação seja acionada automaticamente, sempre que detectada a necessidade. A solução reduz gastos, aumenta a produtividade e diminui o impacto ambiental, já que evita o desperdício de água. O foco, destaca Fabiane Kuhn, co-fundadora da Raks Tecnologia Agrícola e diretora de software, está na agricultura familiar. “Por ter muita representatividade na produção de alimentos e ainda usar pouca tecnologia”, explica.
Na avaliação da empreendedora, a participação da empresa, em 2018, do StartupRS Agrotech, contribuiu para que a startup chegasse hoje ao programa de aceleração americano. “O StartupRS abriu a porta da Expointer, nos colocou em contato com produtores, nos capacitou, trabalhou nossa habilidade empreendedora. Todo o processo nos ajudou a ter um modelo de negócio mais definido e um produto mais concluído”, avalia. O gestor de projetos do Sebrae RS, João Antônio Pinheiro Neto, acrescenta: “Eles tiveram a oportunidade de desenvolver ainda mais o produto, de pensar o negócio de forma estratégica, além de contato com o público-alvo. O programa conectou a empresa aos produtores, isso também gerou feedbacks e possibilitou que melhorias fossem pensadas”, resume.