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Polícia “Empresários querem ambiente político calmo”, diz o ministro das Comunicações, Fábio Faria

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A comitiva será liderada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria. (Foto: Marcelo Cassal Jr./ Agência Brasil)

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o governo federal fará encontros periódicos com representantes do PIB (Produto Interno Bruto) para medir a temperatura da crise e encontrar soluções conjuntas. Dono de um estilo afeito ao confronto, o presidente Jair Bolsonaro saiu do jantar da última quarta-feira (7) com empresários, em São Paulo, levando na bagagem de volta o alerta de que precisa mudar. “Tudo o que os empresários querem é um ambiente político calmo”, afirmou Faria.

Integrante da comitiva que participou daquele encontro, Faria argumentou, porém, que o governo já está mudando, tanto que fez seis trocas na equipe e alianças para evitar mais atritos com o Congresso. Os empresários também cobraram de Bolsonaro a aplicação de dois milhões de doses de vacina por dia – o dobro do que existe hoje.

A conversa na casa de Washington Cinel, dono da empresa de segurança Gocil, não girou, no entanto, apenas sobre apelos para que o governo acelere a vacinação. A política também estava à mesa. Faria disse que muitos ali manifestaram receio com o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à cena política. “Eu não tenho medo”, disse o ministro. Deputado eleito pelo PSD, Faria não vê chances para o espectro político de centro na próxima eleição. “Nesse cenário de hoje entre Lula e Bolsonaro, o centro não tem tempero para entrar na disputa. Não tem players competitivos para 2022.”

Leia a seguir, alguns trechos da entrevista, que foi concedida no último dia 8, no gabinete do ministro, antes de o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso determinar a instalação da CPI da Covid.

– O presidente jantou com empresários em um momento de críticas do setor à condução da pandemia, à política externa e à política ambiental. Partiu do governo a iniciativa de procurá-los?Com a pandemia, Pacheco (Rodrigo Pacheco, presidente do Senado) e Arthur (Lira, presidente da Câmara) se reuniram com alguns empresários, que tinham preocupações. A maior delas era a vacinação em massa. Eles tinham também ponderações em relação à política externa, que poderia atrapalhar a aquisição de IFAs e vacinas. Se você fizer um breve histórico, vai ver que houve seis mudanças ministeriais após essas reuniões dos empresários.”

– Os relatos de Lira e Pacheco levaram ao Palácio do Planalto um sinal amarelo?Eu não falei que as trocas vieram por causa dos encontros. Alguns assuntos que eles trataram já estavam vencidos. A gente achou prudente que o próprio Executivo pudesse se reunir com os mesmos empresários. A gente foi para ouvir o sentimento deles. O presidente não aceita pressão. Ele que fez a mexida no tabuleiro.”

–Diante da perda de popularidade e do apoio empresarial, o presidente mudou de discurso e de postura e passou até a usar máscara. Mas vai mudar na prática? O que se observa, até agora, é um vaivém de declarações.Ele nunca acreditou em pesquisa. Nem a boa, nem a ruim. Essa mudança de postura do presidente, que vocês falam, é devido à nova variante. Nós temos uma nova cepa. Antigamente, nós tínhamos como separar apenas os idosos e o grupo de risco, porque o mundo todo viu que o vírus atingia mais o grupo acima de 60 anos. Hoje, não. Então, tudo mudou. O ministro (Marcelo) Queiroga, quando assumiu a Saúde, falou isso para o presidente. Disse que era preciso usar mais máscaras, até falou em ‘Pátria de máscara’. Ontem (quarta), o presidente chamou o Queiroga de ‘Posto de Saúde’. Disse: ‘Eu tenho o meu Posto Ipiranga, agora tenho o meu Posto de Saúde’. O Queiroga foi uma grande aquisição. Ele chega ao ministério às cinco e meia da manhã. A turma lá está se dividindo em dois turnos para aguentar. Nós estamos vacinando mais de 20 milhões de pessoas. O Brasil é o quinto país em números globais (em vacinação) porque o governo se antecipou.”

– Que pedidos os empresários fizeram ao presidente? “Eles acham fundamental que o Arthur, o Pacheco e o presidente permaneçam unidos. Nós vivemos dois anos de muitas rixas entre o Congresso – a Câmara, principalmente, – e o Executivo. Tudo o que eles sonham, tudo o que eles querem, é um ambiente político calmo. E isso foi falado. Eles também pediram, claro, para reforçar a vacinação em massa.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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