Domingo, 26 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 29 de março de 2020
As companhias aéreas Gol, Latam e Azul iniciaram, no sábado (28), um período de menos voos no País devido às medidas adotadas para combater o novo coronavírus. Até o final de abril serão feitos apenas voos considerados essenciais. As 26 capitais, o Distrito Federal e outras 19 cidades serão atendidas.
No programa apresentado pelas companhias à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) estão previstos 723 voos no Sudeste, 153 na região Nordeste, 155 voos no Sul, 135 no Centro-oeste e 75 voos para a região Norte.
“A distribuição dos voos atende a preocupação do governo federal de manter uma malha que continue integrando o País, com ajustes para que nenhum Estado fique sem pelo menos uma ligação aérea”, diz a Anac em nota divulgada à imprensa.
Com a adequação, o número de voos semanais passou de 14.781 para 1.241. A malha emergencial é 91,61% menor do que a originalmente prevista pelas empresas para o período. A queda é de 56,06% das localidades atendidas, passando de 106 para 46.
Fechamento das fronteiras
Ao mesmo tempo em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vem minimizando a crise do novo coronavírus, o governo brasileiro decidiu ampliar a todas nacionalidades a restrição à entrada de estrangeiros por via aérea.
O ingresso de não brasileiros por via aérea já estava proibido por 30 dias para aqueles que viajavam ao Brasil de todos países membro da União Europeia, do Irã e de alguns locais da Ásia. A medida agora é estendida a todos os países.
Uma portaria foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União de sexta-feira (27), a segunda do dia com medidas restritivas para o ingresso de não brasileiros em território nacional.
Mais cedo, o Ministério da Justiça publicou uma norma proibindo a entrada de estrangeiros no Brasil para os casos em que o ingresso em território nacional se dá apenas em caráter temporário, como em uma conexão.
Foram impedidos de entrar em território brasileiro por via aérea daqueles que, independentemente de sua nacionalidade, “não puderem ser admitidos no país de destino por via aérea, terrestre o aquaviária”. A portaria determina que as empresas aéreas devem impedir o embarque de estrangeiros nessa condição com destino ao Brasil.
De acordo com relatos, a Justiça resolveu editar essa normativa devido a um caso concreto de um grupo de argentinos que está no aeroporto internacional de Guarulhos com o impedimento de embarcarem para casa.
Eles chegaram ao aeroporto em trânsito, mas foram impedidos de voar para o país vizinho, já que a Argentina fechou todas fronteiras aéreas.
O fechamento total das fronteiras aéreas do Brasil foi decidido de forma conjunta por quatro ministérios: Casa Civil, Infraestrutura, Saúde e Justiça.
A decisão foi tomada no dia em que a contaminação pelo novo coronavírus no país atingiu a marca de 3.417 casos e 92 mortes.