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Política Empresas ligadas a ex-mulher de Bolsonaro são suspeitas de ocultar dinheiro de rachadinha

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Vereador filho do presidente também teve os sigilos quebrados em investigação que apura funcionários 'fantasmas' no gabinete dele na Câmara.

Foto: Reprodução
Vereador filho do presidente também teve os sigilos quebrados em investigação que apura funcionários 'fantasmas' no gabinete dele na Câmara do Rio. (Foto: Reprodução)

A Justiça do Rio de Janeiro quebrou os sigilos bancário e fiscal de sete empresas relacionadas a Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, além de contas pessoais dela.

O Ministério Público suspeita que as empresas foram usadas para ocultar dinheiro de suposta prática de rachadinha no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ana Cristina foi chefe de gabinete de Carlos entre 2001 e 2008.

Empresas ligadas a ela, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), realizaram movimentações financeiras consideradas atípicas, o que reforça “a hipótese de que [essas empresas] possam ter sido utilizadas para ocultação do desvio dos recursos públicos oriundos do esquema da rachadinha na Câmara de Vereadores”.

A 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado determinou em maio a quebra dos sigilos de 27 pessoas, entre elas do vereador Carlos Bolsonaro.

Ana Cristina foi chefe do gabinete de Carlos Bolsonaro entre 2001 (quando ele assumiu seu primeiro mandato na Câmara de Vereadores) até 2008, quando ela se separou do então deputado federal Jair Bolsonaro.

Em relação à empresa Valle Ana Consultoria e Serviços de Seguros Ltda., da qual Ana Cristina possuía participação de 90%, o MP afirma que mais da metade dos débitos da conta bancária consistiram em saques de dinheiro em espécie, que totalizaram mais de R$ 1,1 milhão entre 2007 e 2015.

Sobre a empresa Totalvox Comunicações, o Coaf apontou movimentações “incompatíveis com a capacidade financeira declarada” e também diversos “pagamentos e transferências envolvendo pessoas físicas, sem causa aparente, dificultando a identificação da origem e destinação de parte dos recursos”.

Dinheiro vivo

Ao longo de 20 anos como vereador, Carlos Bolsonaro teve dezenas de assessores. O Ministério Público suspeita que alguns deles tenham sido “fantasmas” para desviar salários.

Os promotores citam semelhança do modus operandi da “rachadinha” que também ocorreria no gabinete do então deputado estadual do RJ Flávio Bolsonaro, o irmão mais velho.

A prática se dá com saques de dinheiro em espécie das contas de assessores “fantasmas” que são entregues a um funcionário de confiança. O dinheiro vivo é, então, usado para pagar despesas ou adquirir bens para o parlamentar.

O Ministério Público identificou que Carlos Bolsonaro usou grandes quantias de dinheiro vivo em pelo menos três oportunidades:

1) R$ 150 mil para compra de um apartamento no bairro da Tijuca, no Rio, em 2003;
2) R$ 15,5 mil para cobrir prejuízo na Bolsa de Valores, em 2009;
3) R$ 20 mil guardados em casa, de acordo com declaração dada ao TSE no ano passado.

Chefe de Gabinete

Ana Cristina Siqueira Valle é apontada como integrante de um dos seis núcleos do suposto esquema. Desde junho, Ana Cristina e Jair Renan moram em uma mansão avaliada em R$ 3,2 milhões no Lago Sul, área nobre de Brasília.

O aluguel de casas vizinhas à da ex-mulher do presidente da República e de Jair Renan é de cerca de R$ 15 mil por mês. Ana Cristina pagaria R$ 8 mil, mais do que o salário de R$ 6,2 mil que recebe como assessora da deputada federal Celina Leão, do Progressistas.

Ana Cristina também foi alvo de comunicações do Coaf. O documento revela que, durante o período em que esteve à frente do gabinete de Carlos Bolsonaro, ela recebeu “depósito de elevadas quantias de dinheiro em espécie em sua conta bancária”.

Em 2011, ela recebeu depósitos de R$ 191 mil e R$ 341 mil. Em conta, ela tinha R$ 602 mil. Segundo o Coaf, o valor é incompatível com sua renda.

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