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Geral Empresas que boicotaram o Facebook e outras redes sociais não têm pressa para voltar com os anúncios

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Mais de mil anunciantes se uniram ao boicote puxado por organizações civis no mês de julho. (Foto: Reprodução)

Anunciantes que participaram do boicote a redes sociais não estão com pressa para retornarem com a publicidade, apesar de um acordo firmado por Facebook, YouTube e Twitter para coibir o conteúdo nocivo on-line.

Na quarta-feira passada, a Federação Mundial de Anunciantes anunciou que as redes sociais e os anunciantes se comprometeram a construir definições comuns de conteúdo nocivo, como o discurso de ódio, e a padronizar os relatórios.

A Unilever, um dos maiores anunciantes globais, afirmou à Reuters que o movimento dado pelas empresas de tecnologia foi “um bom passo na direção certa”, mas não informou se irá retomar seus anúncios pagos no Facebook nos EUA a partir do ano que vem, após participar do boicote de julho.

A Coca-Cola também mantém suspensas suas publicidades no Facebook e no Instagram e se recusou a dizer se mudou sua posição. A Beam Suntory, fabricante do Bourbon Jim Beam e do conhaque Courvoisier, planeja se manter longe dos anúncios pagos até o fim do ano e reavaliar a situação em 2021 com base em como o Facebook ajustar sua conduta.

Mais de mil anunciantes se uniram ao boicote puxado por organizações civis no mês de julho, com preocupações de que o Facebook não estaria se esforçando o suficiente para combater o discurso de ódio. O movimento procurou grandes companhias para pressionar a rede social após a morte de George Floyd pela polícia, em Minneapolis.

As marcas estão muito preocupadas em não ter qualquer afiliação com a desinformação que permeia as grandes plataformas de tecnologia”, afirmou Michael Priem, CEO da agência de publicidade Modern Impact.

A decisão de retirar os anúncios das redes sociais pode ser difícil. Grandes marcas podem se dar ao luxo de tomar essa decisão, mas para negócios menores, que já foram afetados pela pandemia do coronavírus, “é anunciar ou morrer”, disse Priem.

Na sexta-feira, uma porta-voz do Facebook afirmou que os anunciantes estavam retornando à plataforma. “A maior parte dos anunciantes está retornando porque reconheceu os esforços que estamos fazendo”, afirmou a porta-voz. “Nós nunca estamos satisfeitos. Vamos continuar a trabalhar com a indústria e com nossos clientes.”

Ela afirmou que 95% do discurso de ódio removido do Facebook é detectado antes mesmo de ser relatado, contra percentual de 23% em 2017.

As redes sociais agora representam mais da metade de todos os gastos com mídia, mas ainda operam com poucos limites além dos autoimpostos ou dos que os profissionais de marketing tentam impor”, afirmou o diretor de marca da Procter & Gamble, Marc Pritchard. “É hora de as plataformas digitais aplicarem os padrões de conteúdo de maneira adequada.”

A fabricante da Gillette e das fraldas Pampers afirmou que vai “continuar defendendo maior transparência, relatórios e fiscalização” diretamente com as plataformas e por fóruns da indústria.

Muitas companhias, como a gigante de bebidas Pernod Ricard, retornaram ao Facebook em agosto, após a pausa de um mês.

Eu fico muito feliz com o resultado. Eu acho que funcionou”, afirmou Eric Benoist, diretor global de marketing da fabricante da vodca Absolut e do conhaque Martell. “Foi um chamado para acordarem. Eles ouviram em alto e bom som.”

Alguns anunciantes, como a Diageo, retornaram após discussões diretas com a plataforma e evidências de ações.

Algum progresso foi feito, mas é preciso mais e nós achamos que somos mais capazes de trazer alguma mudança trabalhando juntos”, afirmou uma porta-voz da empresa. “Nós estamos no processo de retomada dos anúncios pagos e continuamos exigindo responsabilização nestas questões urgentes.”

Os organizadores da campanha continuam céticos e pedem para as empresas continuarem com a pressão.

Não podemos assumir o progresso de mais um compromisso de mudança até que vejamos o impacto e a amplitude da aplicação das políticas por essas empresas”, afirmou Rashad Robinson, presidente da Color Of Change, apoiador da campanha Stop Hate for Profit, que organizou o boicote. “Enquanto as empresas continuarem esquecendo sua responsabilidade para com os usuários mais vulneráveis, continuaremos a pedir a intervenção do Congresso e das agências reguladoras.” As informações são da agência de notícias Reuters.

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https://www.osul.com.br/empresas-que-boicotaram-o-facebook-e-outras-redes-sociais-nao-tem-pressa-para-voltar-com-os-anuncios/ Empresas que boicotaram o Facebook e outras redes sociais não têm pressa para voltar com os anúncios 2020-09-28
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