Domingo, 25 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 4 de junho de 2021
Fato traumatizante na Porto Alegre do século 20, a grande enchente de 1941 tem desaguado em uma série de relatos ao longo dos últimos 80 anos. As marcas físicas deixadas pela inundação podem ter se apagado com o tempo, mas a memória coletiva se encarregou de deixar relatos e inspirar resgates históricos, reportagens e outros registros.
O mais recente capítulo dessa história chega ao mercado editorial em forma de ficção, com “Dias de Água”, primeiro livro a tratar do assunto no gênero romance. Quem está no remo é o multipremiado escritor e jornalista Luís Dill, autor de mais de 60 publicações nas últimas três décadas.
Ruas e avenidas do Centro e de outras áreas próximas do Guaíba ficaram parcialmente submersas, bem como estabelecimentos da indústria e comércio, muitos dos quais obrigados a fechar as suas portas. Por dias ou para sempre.
Prejuízos incalculáveis, transtornos à população, um dilúvio de incertezas. O gesto solidário na calamidade, um assassinato e o relacionamento proibido na cidade conservadora que ainda vive em preto-e-branco.
“Caos líquido”
Nesse ambiente que o autor muito bem define como “o caos líquido”, o barco é conduzido por meio de uma narrativa longa. São 276 páginas protagonizadas por uma sortida galeria de personagens e histórias que se cruzam em meio a um cenário de chuva sem trégua em abril e maio de 1941.
Antes tragédia, hoje memória. Tudo isso em um livro imperdível. “Dias de água” pode ser adquirido por meio do site editoracasa29.com.br. Contatos com o autor: luisdill@uol.com.br.
(Marcello Campos)