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Notícias Enquanto Bolsonaro cumpre prisão domiciliar, governadores de direita que se colocam como presidenciáveis rodam o País

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Eduardo Leite também se coloca como presidenciável e se apresenta como uma alternativa a polarização política. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Governadores de direita que se colocam como presidenciáveis intensificaram os compromissos públicos em parceria e passaram a ter mais encontros reservados para projetar a eleição de 2026 após a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Nas aparições em locais férteis para o antipetismo, como eventos do agronegócio ou de bancos, tecem críticas ao governo Lula, sobretudo na seara econômica. Nas conversas privadas, analisam pesquisas encomendadas pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) e discutem o cenário político.

Existe, de maneira geral, a percepção de que a demora de Bolsonaro na definição de um candidato para a disputa presidencial atrapalha os planos e preenche de incertezas os anseios dos postulantes. Além dos governadores, o ex-presidente tem como opções integrantes da própria família, apesar de as pesquisas mostrarem que eles registram desempenho pior contra Lula.

No dia 7 deste mês, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), promoveu um encontro que serviu como manifesto extraoficial dos mandatários de direita sobre o tarifaço articulado pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra o Brasil nos Estados Unidos. Depois de semanas em que tentaram se equilibrar entre a insatisfação com as medidas comerciais que causam impacto direto nos estados e a tentativa de não melindrar a família do ex-presidente, os governadores se concentraram em cobrar uma postura mais ativa do governo — que, contudo, não encontra portas abertas na Casa Branca.

Nos bastidores

Antes da aparição pública na capital federal, eles tiveram um almoço na casa de Ibaneis, que contou não só com os quatro governadores presidenciáveis — Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Júnior (PR) e Ronaldo Caiado (GO) —, como também com Cláudio Castro (RJ), Jorginho Mello (SC), Wilson Lima (AM) e Mauro Mendes (MT). O comandante de Mato Grosso, inclusive, disse diante de seus pares que esperava que o candidato da direita no ano que vem estivesse naquela sala.

Entre abril e semana passada, ocorreram pelo menos sete eventos públicos em que dois ou mais dos presidenciáveis estiveram juntos. Há nesse compilado a manifestação de Bolsonaro na Avenida Paulista na qual os quatro apareceram lado a lado, em abril, mas também seminários realizados por bancos e feiras de agronegócio, palcos em que as críticas a Lula encontram respaldo da plateia.

Na esfera privada, o principal organizador de conversas entre os possíveis candidatos a presidente é Ciro Nogueira, que também costuma convidar nomes como os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Rogério Marinho (PL-RN) e Tereza Cristina (PP-MS).

Foram pelo menos três encontros reservados entre os presidenciáveis de um ano para cá. Uma leitura comum é a de que Tarcísio é o nome natural e de maior força para encarar a empreitada. Pesa contra a decisão dele, no entanto, a possibilidade de reeleição no maior estado do País, enquanto os demais já estão em segundo mandato. Tanto que Caiado, há quatro meses, e Zema, ontem, apressaram-se e realizaram anúncios oficiais de suas pré-candidaturas.

Ratinho Jr. teria uma eleição confortável para o Senado no Paraná e só entraria no jogo presidencial com uma conjuntura mais favorável. A exceção é Zema, que pertence a um partido pequeno, o Novo, e é considerado um político com menos a perder se embarcar numa disputa em que termine em terceiro, mas com desempenho razoável.

Outro sentimento vigente é o de que, caso Bolsonaro decida colocar alguém da própria família na eleição — um dos filhos ou a mulher, Michelle —, os governadores vão ter dificuldade de manter as candidaturas, a não ser que haja algum tipo de acordo que torne vantajoso para a direita sustentar dois nomes em vez de um que unifique o campo já no primeiro turno.

Terceira via

Apesar de não ser do núcleo bolsonarista de governadores, Eduardo Leite, o gaúcho que é filiado ao mesmo PSD de Ratinho Jr., também se coloca como presidenciável e costuma receber ligações de Ciro Nogueira. Chegou, no ano passado, a participar do primeiro encontro unificado desses mandatários promovido pelo dirigente do PP. Neste mês, deu palestra ao lado de Ratinho Jr., Caiado e Zema em evento do BTG focado no agronegócio.

O cálculo de Leite, como costuma explicar a interlocutores, é de que pode surgir um espaço para ele se a eleição caminhar para um embate entre Lula e um integrante da família Bolsonaro. Assim, despontaria como alguém desvencilhado dos dois grupos, sem pé atrás para se opor na campanha a ambas as candidaturas.

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