Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Colunistas Então a solução é proibir?

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Consumir bebidas alcoólicas de estômago vazio aumenta os efeitos negativos do álcool no organismo. (Foto: Freepik)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

A exemplo da fracassada Lei Seca, já extinta, em 1933, nos Estados Unidos, notou-se que a simples proibição do consumo de bebidas alcoólicas não foi sinônimo de solução para os problemas que aquele país vinha enfrentando – basicamente, a pobreza e a violência.

As consequências de medidas como essa não poderiam ser outras que não o início do tráfico e casas clandestinas para o consumo de bebidas, que acabou levando o governo a fazer vista grossa e posteriormente extinguir a lei.

Se havia pessoas que não sabiam beber e se comportar socialmente, não seria mais correto punir somente esse infrator? Por que punir uma nação toda em detrimento de outrem?

Aqui no Brasil parece que estamos vivendo situações semelhantes a essas – por exemplo, nos estádios de futebol, onde também se proibiu o consumo de álcool. O Decreto 140, de 20 de dezembro de 2017, que dispõe sobre horário de funcionamento e regulamentação da venda de bebidas alcoólicas dos comércios existentes na Praça Central de Atlântida, mais uma vez nos tira a liberdade e finge resolver um problema grave que os moradores da região vêm enfrentando.

Nota-se que a incapacidade do Estado de punir aquele que transgrediu a regra está mais uma vez afetando a todos nós, cidadãos de bem. Sendo assim, o Estado faz o mais fácil, que é proibir e punir aqueles que sabem conviver em sociedade.

A exemplo desses adolescentes que bebem, será que o Estado notificou os pais? Os responsáveis não têm o dever legal de educar seus filhos e fiscalizar se estão fazendo a coisa certa? Parece que essa negligência dos pais está ficando de lado, como se não fosse o mais importante a ser discutido.

Está na hora de encarar o Brasil como um País sério, que busca no indivíduo a punição por seus atos e o responsabiliza pelos danos causados, e aí, sim, mudaremos essa realidade e deixaremos o cidadão de bem usufruir da sua liberdade, inclusive podendo desfrutar de uma cerveja na hora que bem quiser!

  • Consultor em segurança, empresário e associado do IEE

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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O que falta
https://www.osul.com.br/entao-solucao-e-proibir/ Então a solução é proibir? 2018-01-07
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