Sábado, 20 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Mundo Entenda como se intensificou a crise política na Venezuela

Compartilhe esta notícia:

Em 23 de janeiro, Juan Guaidó se declarou presidente interino do país. (Foto: Reprodução)

Entenda o impasse instalado na Venezuela desde o início deste ano, quando Nicolás Maduro tomou posse para um segundo mandato contestado pela oposição interna e seus aliados internacionais.

4 de janeiro: Reunido na capital peruana, o Grupo de Lima, formado por 14 países das Américas, insta Nicolás Maduro a não assumir o novo mandato para o qual foi eleito em maio de 2018, em eleições que não foram reconhecidas por mais de 40 países, sob o argumento de que não preencheram requisitos mínimos para uma disputa democrática. Os EUA não fazem parte do grupo, mas o secretário de Estado, Mike Pompeo, participa por teleconferência. O México não assina a declaração e se afasta do grupo.

5 de janeiro: Juan Guaidó, um deputado até então pouco conhecido, assume a Presidência da Assembleia Nacional (AN) venezuelana, no revezamento que cabe ao seu partido, o Vontade Popular. A Assembleia foi eleita em 2015 e tem maioria oposicionista, mas teve seus poderes anulados pela Assembleia Constituinte convocada pelo governo de Nicolás Maduro em 2017. Em sua primeira sessão do ano, a AN aprova resolução em que declara o segundo mandato de Maduro “ilegítimo” e o chefe de Estado, um “usurpador”.

10 de janeiro: Maduro assume o segundo mandato em cerimônia no Tribunal Supremo de Justiça, de maioria governista, diante de 50 delegações internacionais, das quais apenas quatro – de Bolívia, Nicarágua, Cuba e El Salvador – eram lideradas por chefes de Estado. Ele ataca o “império americano e seus satélites”. O governo brasileiro afirma em nota que só reconhece a AN como poder legítimo na Venezuela.

15 de janeiro: Em medida destinada a esvaziar o poder de Maduro, a AN aprova um projeto que concede anistia a militares e funcionários do governo que colaborarem com um governo de transição.

17 de janeiro: Representantes da oposição venezuelana no exílio são recebidos por autoridades em Brasília. Um enviado do governo Trump, o subsecretário do Tesouro Marshall Billingslea, participa das reuniões. Em vídeo, o presidente Jair Bolsonaro afirma que a solução para a crise no país vizinho “virá brevemente” e que o Brasil se empenhará para o restabelecimento da democracia. Em nota, o Itamaraty chama o governo de Maduro de terrorista, corrupto e narcotraficante.

21 de janeiro: Um motim em um quartel da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) em Caracas é debelado pelo governo, que anuncia a detenção do que chamou de “traidores” da República e promete puni-los “com todo o peso da lei”. Moradores do bairro popular de Cotiza, onde fica o quartel, saem às ruas em apoio aos amotinados.

23 de janeiro: Em praça pública, durante manifestação convocada pela oposição que reuniu milhares de pessoas em Caracas, Juan Guaidó se declara presidente interino do país. Imediatamente, é reconhecido por 11 países, incluindo o Brasil e os EUA. Em pouco menos de um mês, um total de 50 países passa a reconhecer o líder opositor como “chefe de Estado encarregado”. Em reação, Maduro rompe relações com os EUA. México e Uruguai se oferecem para mediar a crise.

24 de janeiro: Em pronunciamento cercado por toda a cúpula militar, o ministro da Defesa, general Vladimir Padrino, declara lealdade a Maduro e acusa Guaidó e a oposição de golpe.

28 de janeiro: Os EUA, que mantêm sanções econômicas à Venezuela desde 2015, anunciam pela primeira vez punições contra a petrolífera estatal PDVSA. Empresas americanas ficam proibidas de fazer pagamentos à companhia, que exporta para os EUA 40% de sua produção. A Citgo, subsidiária da PDVSA nos EUA, fica proibida de transferir dinheiro à matriz.

30 de janeiro: Pressionado pela União Europeia a aceitar a realização de novas eleições presidenciais, Maduro sugere que poderia organizar só eleições legislativas. No mesmo dia, Guaidó lidera novos protestos em Caracas. No dia seguinte, a UE cria um grupo de contato, integrado também por países sul-americanos, com o objetivo de ajudar a promover eleições “livres e democráticas” na Venezuela. O Brasil critica dias depois: “Saída de Maduro é a porta da rua”, diz chanceler Ernesto Araújo.

2 de fevereiro: Em nova marcha em Caracas, Guaidó anuncia o dia 23 de fevereiro para a entrada de ajuda internacional no país, em uma operação coordenada com os EUA, Brasil e Colômbia. Três dias depois, em visita a Washington, chanceler brasileiro diz que avalia participar da operação, o que só seria confirmado oficialmente em 19 de fevereiro.

8 de fevereiro: Supremo venezuelano no exílio, nomeado pela Assembleia Nacional, divulga uma resolução em que pede a ajuda internacional para a abertura de um canal humanitário, se necessário por meio de uma “coalizão militar em missão de paz”. Dois dias depois, Guaidó começa a formar redes de voluntários para trazer a ajuda da Colômbia e do Brasil.

21 de fevereiro: Maduro anuncia o fechamento da fronteira com o Brasil em Pacaraima, Roraima, por onde entraria ajuda brasileira. Guaidó parte em caravana de Caracas para Cúcuta, cidade colombiana na fronteira com a Venezuela que recebeu 200 toneladas de alimentos e suprimentos médicos enviadas pelos Estados Unidos.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Mundo

Deputado chavista discursa com um fuzil no ombro em favor de Nicolás Maduro
A venda de imóveis públicos frustra as expectativas. O governo Temer só conseguiu se desfazer de 39 das quase 600 propriedades que tentou negociar
https://www.osul.com.br/entenda-como-se-intensificou-a-crise-politica-na-venezuela/ Entenda como se intensificou a crise política na Venezuela 2019-02-24
Deixe seu comentário
Pode te interessar