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Brasil Entenda de onde vem o rombo das contas públicas e como ele trava o crescimento do País

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Sob o Lula 3, as empresas federais acumularam um déficit primário de R$ 18,5 bilhões — excluindo Petrobras e bancos públicos, mostram dados do BC. (Foto: Agência Brasil)

Após superar crises cambiais sucessivas, o Brasil tem enfrentado, nos últimos dez anos, desafios nas contas públicas, com déficits seguidos e aumento da dívida pública, agravados por políticas econômicas anteriores. Hoje, o País enfrenta uma crise de confiança que desvaloriza o real, afugenta investimentos, pressiona a inflação e leva o País a ter juros mais elevados.

De acordo com especialistas, as principais causas que explicam esse problema crônico: são gastos elevados com a Previdência Social, despesas altas com servidores públicos, carga tributária muito acima da média de outros países emergentes e novas pressões em rubricas como Benefício de Prestação Continuada (BPC) e pisos da saúde e da educação.

A equipe econômica comandada por Fernando Haddad buscou a recuperação das receitas como estratégia para diminuir o déficit. Até aqui, as medidas têm sido insuficientes, e economistas apontam para a urgência de o governo estabelecer uma política efetiva de redução de despesas – agenda essa que enfrenta resistência do presidente Lula e da ala política do governo.

Rombo histórico das estatais no governo Lula

Sob o Lula 3, as empresas federais acumularam um déficit primário de R$ 18,5 bilhões — excluindo Petrobras e bancos públicos —, mostram dados do BC (Banco Central). Esse é o maior déficit registrado para o período em toda a série histórica.

O pedido de socorro dos Correios na última semana, incluindo um empréstimo de R$ 20 bilhões e um plano de reestruturação, deu novo fôlego ao debate sobre como as estatais estão sendo geridas, e como esse cenário pode ameaçar as contas públicas.

Para a economista Elena Landau, que atuou como ex-diretora de privatizações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), os resultados contam com uma raiz mais profunda, que escapa do panorama macroeconômico.

O impacto maior surgiria de uma “filosofia” de que a estatal é um instrumento político, e não uma empresa, pela quantidade de cargos comissionados por indicações internas.

“Os Correios são um caso impressionante. Um estudo de caso, tamanho o descalabro que aconteceu”, opina a economista. “São escolhas da administração, de gastar em propaganda, de gastar em pessoal, de gastar fazendo obras que não lhe dizem respeito.”

Landau descarta questões externas. A opinião, contudo, não é unânime.

Para o economista-chefe da Lev Asset Management, Jason Vieira, há fatores estruturais que auxiliam na queda brusca das contas das empresas públicas, como o aumento de gastos movido pela inflação e custos de insumos e de energia.

Além disso, há a chamada de “inércia regulatória” de algumas estatais, como os Correios, que necessitam constantemente de subsídios do governo.

“São empresas que muitas vezes tem baixa competitividade e depende de uma receita não recorrente. Quando a gente fala agora da questão não estrutural, mais conjuntural, a gente pode falar que tem uma grande gerência política nas suas estatais, que tem uma série de nomeações sem qualificação, especialmente em termos de conselho”, acrescenta.

 

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