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Geral Entenda o passo a passo da invasão terrorista em Brasília

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Quantia deverá ser utilizada para reparar danos causados pela depredação de patrimônio público em caso de posterior condenação. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A ação de extremistas contra as sedes dos Poderes em Brasília no domingo (8), causando destruição de patrimônios históricos, são o ponto mais alto até aqui de atos antidemocráticos que começaram logo após as eleições de outubro. Entenda o passo a passo que levou o país a esta situação:

– Como começou? Na semana após a derrota eleitoral de Jair Bolsonaro, diversas pessoas fecharam estradas e passaram a se reunir em frente a unidades militares pedindo a intervenção das Forças Armadas para impedir que Luiz Inácio Lula da Silva tomasse posse. O discurso envolvia o não reconhecimento do resultado das urnas.

Apesar de algumas ações isoladas de forças de segurança, que liberaram as estradas, os atos antidemocráticos perduraram ao longo da transição, com a conivência das Forças Armadas, responsáveis pelas áreas nos arredores de unidades militares.

– O que aconteceu? Após uma aparente desmobilização na semana passada, com a posse de Lula e a viagem de Bolsonaro para os Estados Unidos, grupos passaram a convocar manifestantes a se dirigir a Brasília para retomar os protestos no fim de semana. Mais de cem ônibus foram fretados, em diversas cidades do país, para levar os interessados a participar dos atos na capital federal.

A mobilização ligou o alerta no ministro da Justiça, Flávio Dino, que convocou reunião com a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal. Na véspera, ele também autorizou a Força Nacional a agir para conter os manifestantes.

O reforço na segurança, porém, não foi suficiente. Manifestantes furaram com facilidade bloqueios montados pela Polícia Militar do Distrito Federal, que foi acusada por Lula de ser leniente com os extremistas.

– O que vai acontecer agora? Em meio a invasão, Lula decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal, assumindo o controle da Polícia Militar do DF até o dia 31 de janeiro. Segundo Dino, as pessoas presas em flagrante durante os atos de vandalismo podem responder por atentado contra o Estado Democrático de Direito, entre outros crimes.

Como foi

Às 10h30min de domingo, um pequeno grupo de manifestantes se reuniu em frente ao Congresso com mensagens em português e inglês contestando as urnas eletrônicas. Policiais observavam, sem intervir.

À 13h, manifestantes reunidos em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, começam a se deslocar em direção à Praça dos Três Poderes. O percurso tem cerca de 8km. A PM escolta o grupo, que interdita pistas do Eixo Monumental.

Às 14h50min, um grupo fura bloqueio montado pela PM-DF e começa a invasão ao subir a rampa do Congresso e ter acesso ao teto do prédio projetado por Oscar Niemeyer. Parte dos manifestantes também conseguem entrar no edifício e acessar o Salão Verde.

Às 15h10min, parte dos terroristas se dividem e rumam em direção ao Planalto. Com pouca reação dos PMs, o grupo também consegue acessar a sede do Executivo pela entrada do térreo e sobem a rampa.

Às 15h20min, um carro da PM que fazia a segurança do Planalto deixa o local correndo, debaixo de pedras atacadas pelos terroristas. Grupo de vândalos se aglomera na região do Planalto e destrói patrimônios históricos

Às 15h40min, após uma resistência inicial dos policiais, que usaram spray de pimenta para conter o avanço dos manifestantes, os terroristas também conseguem acessar o prédio do Supremo Tribunal Federal. Eles invadem o plenário, destruindo mesas, cadeiras e tudo mais que encontram pela frente.

Às 17h55, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal e acusa PMs de serem lenientes

Às 18h, a PM detém mais de cem pessoas e coloca em ônibus para serem levados para a delegacia. Eles são algemados.

Às 18h20, A Polícia do DF retoma os prédios do STF e o Palácio do Planalto mas, por volta de 18h20, ainda não havia conseguido esvaziar o Congresso. No Supremo, foram utilzados tiros de balas de borracha e bombas. Muitos dos terroristas que invadiram e depredaram as sedes dos Poderes usavam roupas parecidas com de militares.

Às 18h30, forças policiais usam cavalaria, jatos d’água a bombas de efeito moral para desocupar congresso. Helicópteros atiram bombas de gás e bala de borracha para dispersar um grupo que se concentrava em cima do prédio e nos arredores

Às 19h, tropas de choque da PM fazem bloqueio para isolar os prédios dos três Poderes e evitar que manifestantes dispersados voltem ao local. Grupos começam a retornar em direção ao acampamento no QG do Exército. As informações são do jornal O Globo.

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https://www.osul.com.br/entenda-o-passo-a-passo-da-invasao-terrorista-em-brasilia/ Entenda o passo a passo da invasão terrorista em Brasília 2023-01-09
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