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Política Entenda o que é a sanção que os Estados Unidos podem aplicar ao ministro Alexandre de Moraes

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Deputado dos EUA acusa Moraes de “perseguir a oposição, incluindo jornalistas e cidadãos comuns”

Foto: Gustavo Moreno/STF
Deputado dos EUA acusa Moraes de “perseguir a oposição, incluindo jornalistas e cidadãos comuns”. (Foto: Gustavo Moreno/STF)

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que “há uma grande possibilidade” de o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ser alvo de sanção por parte do governo de Donald Trump.

A declaração foi dada nesta semana durante depoimento de Rubio à Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes norte-americana. Na audiência, o deputado republicano Cory Lee Mills acusou o STF de “perseguir a oposição, incluindo jornalistas e cidadãos comuns”. Segundo o parlamentar, “o que estão fazendo agora é uma iminente prisão politicamente motivada do ex-presidente Bolsonaro”.

“Essa repressão se estende além das fronteiras do Brasil, impactando indivíduos em solo norte-americano. O que você pretende fazer, e você consideraria sanções ao ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, sob a Lei Global Magnitsky?”, questionou.

“Isso está sob análise neste momento e há uma grande possibilidade de que isso aconteça“, afirmou o secretário do governo Trump.

O que é a Lei Magnitsky?

A Lei Magnitsky é um dispositivo da legislação norte-americana que permite que os Estados Unidos imponham sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

Aprovada durante o governo de Barack Obama, em 2012, a lei prevê sanções como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país.

A legislação foi criada após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades do seu país e morreu em uma prisão em Moscou, em 2009. Inicialmente, a lei tinha como foco punir os responsáveis pela sua morte.

Porém, em 2016, uma emenda ampliou o seu alcance, permitindo que qualquer pessoa envolvida em corrupção ou abusos contra os direitos humanos pudesse ser incluída na lista de sanções.

Quem pode ser punido pela lei?

Para que sanções sejam aplicadas contra indivíduos estrangeiros, o presidente dos Estados Unidos deve apresentar provas confiáveis de infrações, incluindo execuções extrajudiciais, tortura e outras violações graves dos direitos humanos. Essas medidas podem ser impostas a agentes que reprimem denúncias de corrupção, cerceiam liberdades fundamentais ou atuam contra eleições democráticas.

Funcionários de governos e seus associados podem ser sancionados caso estejam envolvidos em esquemas de corrupção significativa, como desvio de recursos públicos, suborno e lavagem de dinheiro. A lei também prevê punições para quem financiar ou apoiar materialmente essas atividades ilícitas, garantindo que os responsáveis sejam impedidos de movimentar bens e acessar o sistema financeiro dos EUA.

Os alvos da Lei Magnitsky são incluídos na lista de Cidadãos Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas da Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA.

Quais são as sanções previstas?

Quem entra na lista pode enfrentar bloqueio de bens e contas bancárias no país, além de ter o visto cancelado e ser proibido de entrar nos EUA. Essas medidas são usadas contra pessoas, empresas ou organizações envolvidas em crimes financeiros ou violações de direitos humanos.

Para sair da lista, é preciso provar que não teve ligação com as atividades ilegais que levaram à punição, que já respondeu na Justiça por isso ou que mudou de comportamento de forma significativa.

Em alguns casos, as sanções podem ser retiradas se o governo norte-americano entender que isso é importante para a segurança do país. O presidente deve avisar o Congresso com pelo menos 15 dias de antecedência antes de tomar essa decisão.

Quem decide quem é punido?

A decisão é do presidente dos Estados Unidos. Segundo o texto da Lei Magnistksy, Trump precisaria apresentar provas ao Congresso dos EUA das supostas violações de direitos humanos. Vale lembrar que o republicano tem maioria nas duas Casas legislativas do país.

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