Sábado, 10 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2022
O leite longa vida e os queijos ficaram quase 15% mais caros nos últimos 12 meses no Brasil
Foto: FreepikOs preços do leite e dos seus derivados subiram no Brasil. A alta é motivada, principalmente, pela elevação do custo de produção e pela queda dos investimentos no setor.
O leite longa vida, vendido em caixa, e os queijos ficaram quase 15% mais caros nos últimos 12 meses, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Entre os derivados, a maior alta foi do requeijão, de mais de 20%. Os iogurtes e bebidas lácteas subiram 18%. Os índices estão maiores do que a inflação no período, que ficou em 11,30% no País.
A produção mais cara é causada pela alta dos preços dos grãos, que são usados na ração das vacas; encarecimento dos fertilizantes; energia elétrica mais cara;
combustível mais caro; tempo seco ou com chuvas intensas, piorando a qualidade dos grãos e do pasto; e encarecimento da semente forrageira, usada para plantar o pasto.
O último dado fechado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, em março, mostra que o Custo Operacional Efetivo da pecuária leiteira registrou elevação em fevereiro de 0,76% na “Média Brasil”, o que significa que ficou mais caro trabalhar com leite. Assim, em 2022, os custos de produção já acumulam alta de 2,39%, encarecendo também o preço final ao consumidor.
Com a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, o fornecimento de fertilizantes vindos do último país, grande exportador para o Brasil, ficou incerto, além de custar mais. Os fertilizantes são fundamentais para o trato do pasto e também para o desenvolvimento de qualquer cultura.
A produção leiteira depende também de outros dois insumos importantes: energia elétrica, usada principalmente porque o leite precisa de refrigeração, e combustíveis, pois em várias operações na fazenda é preciso ter um maquinário funcionando. A gasolina subiu 6,95% em março e acumula aumento de 27,48% em 12 meses.