Sábado, 20 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 11 de janeiro de 2022
Os problemas de Novak Djokovic na Austrália parecem estar longe do fim. Depois de ter ficado retido em um hotel após ser barrado pele serviço de imigração australiano, o tenista obteve decisão na Justiça para recuperar o visto de entrada no país.
O tenista usou um teste RT-PCR positivo para Covid-19 realizado em dezembro como argumento para vencer uma ação na Justiça movida contra o governo da Austrália, que tentava reter seu visto. Sem vacina para a doença, o tenista, que tenta disputar o Australian Open, sustenta que testou positivo no último dia 16 e ficou impossibilitado de receber o imunizante. A data levantou suspeitas sobre suas presenças em eventos durante aquele mês.
Agora, a Força de Fronteira Australiana investiga se o sérvio de 34 anos teria mentido ao preencher formulário no qual declara que não realizou nenhuma viagem nos 14 dias anteriores ao voo para Melbourne. Comprovada a falsa declaração, a pena prevista poderia ser de prisão por até 12 meses.
Embora tenha afirmado que não esteve em nenhum país além da Espanha, de onde embarcou no dia 4 de janeiro, o tenista número um do mundo foi fotografado em Belgrado, capital sérvia, no dia 25 de dezembro, situação que violaria o termo assinado, informa o jornal Guardian.
Diante dessa situação, Djokovic teria que explicar se a passagem pela Espanha foi fruto de uma escala ou se esteve por lá antes de se destinar para Austrália, onde ocorrerá o primeiro Grand Slam da temporada 2022.
Ainda de acordo com o Guardian, o atleta disse que a declaração foi preenchida por seu agente levando em conta isenção médica aprovada pela Tennis Australia (federação australiana de tênis).
Batalha na Justiça
Na última segunda-feira (10), Novak Djokovic obteve uma vitória parcial na Justiça com decisão que liberou o atleta de entrar no país para disputar o Australia Open.
No entanto, Alex Hawke, ministro de Imigração, ainda estuda usar poder previsto na legislação local para cancelar o visto do tenista, o que inviabilizaria a entrada no território por 3 anos.