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Brasil Entidades e especialistas preparam uma campanha contra o decreto pró-armas de Bolsonaro

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O presidente afirmou que a medida “Vai dar o que falar”. (Foto: Agência Brasil)

Entidades da sociedade civil e especialistas em segurança pública preparam reações às medidas prometidas pelo presidente Jair Bolsonaro para flexibilizar o acesso a armas no País.

O Sou da Paz fará campanha nacional para reforçar o discurso de que o combate à violência e ao crime se dá por meio de investimento em segurança, e não armando a população. “Se ele fizer, será um retrocesso e deve acelerar as mortes violentas com armas de fogo”, disse Ivan Marques, diretor-executivo do instituto. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

A ideia dos grupos contrários à política armamentista de Bolsonaro é reunir diversos setores, inclusive as igrejas, para chamar a atenção da população sobre as possíveis consequências das propostas do presidente. A campanha do Sou da Paz vai afirmar, por exemplo, que a política de Bolsonaro pode ser fatal nos casos de violência doméstica.

Se a linha de corte para a liberação da posse de armas nos Estados for a citada pelo presidente na entrevista que concedeu ao SBT, na quinta-feira (03), a flexibilização das regras vai valer para quase todas as unidades da federação. As exceções seriam Santa Catarina e São Paulo. À emissora, Bolsonaro disse que a posse de armas poderia ser requisitada em Estados que tivessem mais de dez homicídios por armas de fogo para cada 100 mil habitantes.

Pesquisa Datafolha

O total de brasileiros que se declaram contrários à liberação da posse de armas de fogo aumentou, conforme a mais recente pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no dia 1° de janeiro. Em dezembro do ano passado, 61% dos entrevistados disseram que a posse deve “ser proibida, pois representa ameaça à vida de outras pessoas”. No levantamento anterior, de outubro, 55% concordavam com essa posição.

No mesmo período, a parcela de pessoas que considera a posse de armas “um direito do cidadão para se defender” oscilou negativamente, passou de 41% para 37%, ou seja, no limite da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Outros 2% não souberam responder. Ao todo, foram entrevistadas 2.077 pessoas em 130 municípios em todas as Regiões do País, nos dias 18 e 19 de dezembro.

Durante o período eleitoral, o então candidato presidencial Jair Bolsonaro (PSL) falou em revogar o Estatuto do Desarmamento. Dentre os que declararam ter votado em Bolsonaro, o direito de possuir uma arma é defendido por 53%. Quando questionados sobre a necessidade de facilitar o acesso a armas, contudo, 59% se disseram contrários.

De acordo com o Datafolha, o percentual de pessoas contrárias à posse de armas já foi de 68% em 2013. Hoje é de 61%. As mulheres tendem a ver a liberação das armas de forma mais negativa: 71% delas são contrárias à posse, enquanto apenas 51% dos homens têm a mesma opinião.

O índice também varia de acordo com ensino e renda. Quanto mais anos de estudo, maior o apoio à liberação. Dentre os entrevistados com ensino superior, 41% defendem que ter armas é um direito, a taxa cai para 34% entre pessoas com ensino fundamental.

 

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