Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de outubro de 2025
Outras 49 unidades estão previstas para as próximas semanas
Foto: Alex Rocha/PMPAA Prefeitura de Porto Alegre entregou, na manhã desta quarta-feira (22), o primeiro ponto de parada de ônibus do projeto Abrigo Amigo da cidade. A iniciativa, implantada na avenida Osvaldo Aranha, em frente ao Auditório Araújo Vianna, no bairro Bom Fim, marca o início da operação local da ação que busca transformar pontos de ônibus em espaços acolhedores e seguros para usuários do transporte público noturno.
Em parceria com a operadora de telecomunicações Claro, estão previstas outras 49 unidades nas próximas semanas, que serão instaladas em diferentes regiões, de forma gradual e conforme as condições do tempo. A escolha dos locais segue critérios técnicos definidos em conjunto.
O secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, destaca a importância da iniciativa. “Porto Alegre dá mais um passo na construção de uma cidade mais humana, segura e conectada. Mais do que simples pontos de ônibus, esses espaços passam a ser locais de acolhimento e proteção para quem depende do transporte coletivo, especialmente à noite”, afirmou o secretário.
“Esta é a segurança pública do presente: integrada, inteligente e, acima de tudo, humana. É garantir que o direito de ir e vir seja exercido com dignidade e tranquilidade, a qualquer hora. Porto Alegre fica mais segura com iniciativas como essa”, afirma o secretário de Segurança, Alexandre Aragon.
O Abrigo Amigo funciona por meio de telas digitais, com conexão à internet, câmeras noturnas de alta resolução, microfones sensíveis e alto-falantes. Entre 20h e 5h, quem se sentir em situação de vulnerabilidade – ou desejar companhia enquanto aguarda o ônibus, pode acionar um botão no painel digital para iniciar uma chamada de vídeo com uma central de monitoramento dedicada, que oferece suporte e segurança até a chegada do transporte. Em caso de necessidade, a central pode acionar serviços de segurança ou de saúde.
Funcionamento
Não é necessário se identificar para realizar a chamada. O atendimento é realizado por 30 profissionais mulheres, capacitadas com apoio de assistentes sociais e especialistas em violência contra a mulher. A operadora será responsável por garantir conectividade, suporte técnico e monitoramento contínuo da rede.
O projeto também foi desenvolvido com foco na acessibilidade universal: o piso é podotátil, o botão de acionamento possui inscrição em braile e está instalado a 1,20 metro de altura, adequado para cadeirantes, crianças e pessoas com deficiência. O atendimento remoto inclui comunicação em Libras, e está em andamento a implementação de legendas automáticas durante as chamadas.