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Colunistas Entrevero de partidos

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Gilmar Mendes (Foto: Carlos Humberto/STF)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Gilmar Mendes ministro do Supremo Tribunal Federal tem sempre a sorte de ser o responsável por investigações do amigo senador Aécio Neves, e daí nunca encontra motivos para continuar qualquer procedimento. Sorte do Aécio que vê seus caminhos sendo limpos de incômodos com a justiça.

No último dia 12 Mendes assumiu também como novo presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Temos eleições municipais em outubro e o ministro sem papas na língua admitiu “enormes chances de fraudes”.  As eleições de outubro serão as primeiras sem o financiamento de pessoas jurídicas. “A bem da verdade, trata-se de verdadeiro salto no escuro, já que tal mudança se deu sem qualquer transição, passando-se diretamente do subsídio empresarial à contribuição privada individual, e tudo sem nenhuma modificação nos trâmites e padrões eleitorais”, disse o ministro ao Estadão.

Gilmar destacou que ‘muito ao contrário, mantiveram-se as perspectivas inerentes às campanhas de altíssimos custos demandadas por eleições com listas abertas, nas quais cada candidato disputa com outro concorrente do mesmo partido’. “Nessas circunstâncias, é bastante plausível antever, sem o concurso de maiores elucubrações, enormes chances de fraudes, à mercê de subterfúgios tão deploráveis e ultrajantes quanto o uso de caixa dois”, afirmou.

Bingo! Atualmente, o sistema eleitoral brasileiro congrega 35 partidos aptos a lançar candidatos em 2016, incluindo o Partido Novo, a Rede Sustentabilidade e o Partido da Mulher Brasileira, que obtiveram registro no TSE.  Atualmente, 41 siglas estão em fase de recolhimento e validação de 500 mil assinaturas para obter registro no TSE.

O Tribunal contabiliza neste momento pedidos de criação de mais 21 legendas. Entre elas, a Ação Libertadora Nacional, o Partido Pirata do Brasil, Partido da Construção Imperial, Libertários, dos Servidores Públicos e Trabalhadores da Iniciativa Privada e o Partido da Organização da Vanguarda Operacional (POVO). E uma nova ARENA.

Não é sério e a bailanta o entrevero de siglas de aluguel, com “donos” do curral eleitoral vai num crescendo de bodega de fim de linha. Nenhum governo pode dar certo com essa dinâmica que transformou o processo partidário em balcão de negócios. Sem pesquisar, leitor você é capaz de dizer quantas siglas compõe o governo do Prefeito de Porto Alegre? Ou do governador Sartóri? Como atender a todos a fim de garantir a governabilidade?

Enquanto isso o governo que veio para “moralizar” o pobre Brasil, se preocupa em acabar com direitos do pacato cidadão. Querem acabar com benefícios da CLT, reordenar a esquisita lei de aposentadoria, acabar com o SUS, vender o que for possível de órgãos públicos (BNDES, Petrobrás, CEF, BB, elétricas e outros), mas ninguém fala no verdadeiro câncer que joga todos os Partidos no mesmo saco da corrupção.

Uma reforma partidária, mudanças na legislação eleitoral é assunto vetado. Uma mulher foi retirada pela força da arbitrariedade do cargo a que foi eleita por mais de 45 milhões de votos, o PMDB chega a presidência pela terceira vez sem ter passado pelo crivo das urnas, e assim vamos como um trem descarrilhado descendo a montanha. E, o povão? Bem esse vai continuar pagando o pato como sempre na história do Império e da República com todos os seus golpes traiçoeiros. Acorda Brasil!

 

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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