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Brasil Escândalo no INSS: ministro de Bolsonaro é citado em investigação sobre descontos ilegais

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O nome do ex-ministro despontou na investigação da Operação Sem Desconto a partir da análise de movimentações financeiras de associações e sindicatos sob suspeita de ligação com o esquema.(Foto: José Cruz / Agência Brasil)

O ex-ministro José Carlos Oliveira, que comandou o Ministério do Trabalho e Previdência no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é citado na investigação da Polícia Federal sobre as fraudes que causaram um prejuízo de R$ 6,3 bilhões em milhares de aposentados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Oliveira também foi presidente do INSS, onde é servidor de carreira, entre novembro de 2021 e março de 2022.

O nome do ex-ministro despontou na investigação da Operação Sem Desconto a partir da análise de movimentações financeiras de associações e sindicatos sob suspeita de ligação com o esquema. A informação foi divulgada pelo portal Metrópoles e confirmada pelo portal  Estadão. A Operação Sem Desconto foi deflagrada na semana passada e levou à queda do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. Sob pressão da oposição, o governo Lula mantém no cargo o ministro Carlos Lupi (Previdência).

Em nota, o ex-ministro afirmou que “não é citado como investigado nem foi alvo da Operação Sem Desconto”. “Seu nome aparece de maneira secundária, a partir de uma análise de movimentações financeiras atribuídas a terceiros”, afirma.

A Polícia Federal identificou vínculos com pessoas ligadas à Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais do Brasil (Conafer), uma das entidades investigadas, que recebeu mais de R$ 100 milhões do INSS.

O ex-ministro mudou de nome e hoje se apresenta como Ahmed Mohamad Oliveira Andrade. Ele foi vereador em São Paulo (2008-2012) pelo PSD e, nas eleições de 2024, tentou emplacar uma nova candidatura na Câmara Municipal, mas não se elegeu.

Segundo a PF, José Carlos, agora Ahmed Mohamad, foi sócio de duas empresas, a Fayard Organização e Serviços Empresariais e a Yamada e Hatheyer Servicos Administrativos, em parceria com José Laudenor da Silva.

Ocorre que José Laudenor trabalha como auxiliar administrativo com salário de R$ 1,5 mil, o que levantou suspeitas da Polícia Federal de que ele seja um laranja.

Bancos emitiram alertas sobre as movimentações financeiras de José Laudenor, consideradas incompatíveis com a renda declarada.

“Foram trafegados recursos com terceiros sem vínculo aparente; também, não foi verificada justificativa para a elevada movimentação, sugerindo o uso da conta para operar recursos de terceiros ou atividades não declaradas”, afirma a PF.

O suposto sócio foi o pivô que levou a Polícia Federal ao ex-ministro. José Laudenor recebeu dinheiro de Cícero Marcelino, assessor de Carlos Roberto Ferreira Lopes, presidente da Conafer, e enviou e recebeu dinheiro de Oliveira, “sem justificativa aparente”, segundo a PF.

“Por fim, vale reforçar, uma vez mais, que José Laudenor manteve vínculos financeiros com Cícero Marcelino (que, por sua vez, operou com Carlos Roberto Ferreira Lopes – Presidente da Conafer) e também com Ahmed Mohamad, ex-Presidente do INSS e ex-Ministro do Trabalho e Previdência. Ao que ficou demonstrado, tais transações sugeriram a utilização de contas para movimentar recursos de terceiros e/ou atividades não declaradas, caracterizando possíveis indícios de burla/fracionamento e lavagem de dinheiro”, conclui a Polícia Federal.

Na semana passada, a PF deflagrou a Operação Sem Desconto e fez buscas em mais de 200 endereços para aprofundar a investigação. O ex-ministro não foi alvo da ofensiva.

Com a palavra, o ex-ministro

Cumpre esclarecer que o senhor José Carlos Oliveira não é citado como investigado nem foi alvo da Operação Sem Desconto. Seu nome aparece de maneira secundária, a partir de uma análise de movimentações financeiras atribuídas a terceiros.

A referência a transações financeiras envolvendo o nome de José Carlos Oliveira decorre da análise da PF sobre movimentações de integrantes da Conafer (Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais), uma das entidades sob investigação. No entanto, é fundamental destacar que Oliveira não possui qualquer relação financeira com os investigados, tampouco com a referida entidade.

Importante destacar que qualquer tentativa de sugerir a ligação de José Carlos Oliveira ao que de fato é investigado, carece de fundamento e induz a interpretações equivocadas, tirando o holofote daqueles que são, de fato, foco da Operação.

Por fim, José Carlos Oliveira reitera seu compromisso com a legalidade e a ética no exercício da vida pública e privada, e se coloca à disposição para esclarecer quaisquer informações. As informações são do portal Estadão.

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