Segunda-feira, 05 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de novembro de 2022
O escritor, editor e sociólogo Jorge Caldeira tomou posse na Academia Brasileira de Letras (ABL), assumindo a cadeira número 16, depois de ser eleito por maioria absoluta em julho. Ele concorria com outros nove nomes e foi eleito com 29 votos.
Na cerimônia de posse, Caldeira recebeu um discurso de boas-vindas de Celso Lafer. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não pode comparecer, mas mandou um vídeo.
“É um lugar que permite um convívio, e permite uma conversa e permite uma espécie de diálogo não só entre os acadêmicos, mas com todo mundo, que é sempre muito bom. Então, é uma alegria grande estar aqui”, disse Caldeira, na cerimônia de posse.
“Caldeira já deu contribuições muito grandes e vai continuar dando a esse entendimento do que é o Brasil e da possibilidade do Brasil recuperar seu lugar no mundo”, afirmou o presidente da ABL, Merval Pereira.
Participaram da eleição de Caldeira 33 acadêmicos de forma presencial ou por carta. Antes, a cadeira 16 estava ocupada pela escritora e acadêmica Lygia Fagundes Telles, que morreu no dia 3 de abril.
Reconhecido por seus relatos inovadores sobre o país, Jorge Caldeira é escritor e cientista social com mestrado em sociologia e doutorado em ciência política pela USP.
Publicou “Mauá: empresário do Império” e, ao longo de suas 20 obras, vem recuperando personagens esquecidos para recontar a história brasileira. Autor do best-seller “História da riqueza no Brasil”, é conhecido também por apresentar a era colonial de forma inovadora, com uma visão diferente da oficial.
Escreveu livros sobre Diogo Antônio Feijó, José Bonifácio, Noel Rosa, Ronaldo, Guilherme Pompeo, Júlio Mesquita e outras personagens citadas em obras como “Brasil – A história contada por quem viu”, ”101 brasileiros que fizeram história” e “História do Brasil com empreendedores”.
Também atuou em diversas frentes do mercado editorial, como publisher da revista Bravo!, consultor do projeto Brasil 500 anos, da Rede Globo, editor nas revistas Exame e Isto É, e no jornal Folha de S. Paulo.
Além de Lygia Fagundes Telles, também já ocuparam a cadeira 16 o crítico literário Araripe Júnior (fundador) – que escolheu como patrono o poeta Gregório de Matos -, Félix Pacheco e Pedro Calmon.