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Brasil Especialistas avaliam se atacar o presidenciável Jair Bolsonaro é a melhor estratégia para os seus adversários

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Concorrentes apostam em paralisia do deputado nas pesquisas. (Foto: Agência Brasil)

Líder nas pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto nos cenários sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PSL) entrou na mira de seus adversários, que passaram a disparar ataques em redes sociais, peças publicitárias e entrevistas.

A campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) divulgou na quinta-feira um vídeo com o mote “não é na bala que se resolve”, em referência à pauta de Bolsonaro pró-armamento. Ao longo de um minuto, a propaganda mostra um projétil destruindo, em câmera lenta, objetos que representam problemas do País. Depois, quando o alvo é uma criança, a bala some com a frase “não é na bala que se resolve”.

Esse vídeo é o primeiro de um arsenal de 434 inserções disponíveis para a campanha de Alckmin. Os candidatos Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) também passaram a citar diretamente Bolsonaro em suas falas.

Entre os responsáveis pela campanha de Bolsonaro, há a ideia de que ele não deverá responder à ofensiva em seus canais na internet. A campanha entregará à militância, mobilizada em grupos de WhatsApp, o papel de inundar as redes sociais dos demais candidatos cada a defesa do presidenciável.

O contra-ataque pessoal de Bolsonaro esse tipo de ataque só devem vir em declarações à imprensa, quando provocado em entrevistas ao longo da campanha. A estratégia do PSL é, ao ignorar os ataques, avançar sobre os eleitores indecisos e votos, considerados por eles voláteis, como o de Marina Silva, João Amoêdo (Novo), Alvaro Dias (Podemos) e do próprio Alckmin. Bolsonaro passará a pregar o voto útil e se apresentará com o único capaz de evitar um novo governo de esquerda e do PT.

Em semanas anteriores, os adversários esboçaram críticas a Bolsonaro e chegaram a explorar seu desempenho em simulação de segundo turno. Segundo o último levantamento do Datafolha, sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Bolsonaro perderia para o tucano Geraldo Alckmin (33% a 38%), a candidata da Rede Marina Silva (45% a 34%) e o pedetista Ciro Gomes (35% a 38%). O candidato do PSL só venceria o petista Fernando Haddad (38% a 29%), formalizado vice de Lula.

Já o PT não tem demonstrado a intenção de enfrentar Bolsonaro agora. Ao menos nos primeiros programas de TV, não deve haver menção ao candidato. O horário eleitoral começou nessa sexta-feira e o primeiro programa destinado aos candidatos a presidente vai ao ar neste sábado.

Avaliações

Veja, a seguir, as avaliações de dois especialistas em ciência política sobre a estratégia dos adversários em atacar Jair Bolsonaro.

Para o cientista político Felipe Borba, professor da UniRio, as chances de Ciro Gomes e Marina Silva estão atreladas à relação entre Lula e Fernando Haddad e se vai haver transferência de votos. “Eles estão tentando polarizar com o Bolsonaro para conquistar o eleitorado de esquerda”, analisa. “Já Geraldo Alckmin tem um motivo diferente para os ataques: ele disputa o nicho ocupado pelo Bolsonaro entre os eleitores conservadores.”

“Além disso, nunca houve uma diferença tão grande entre o apoio dos homens e das mulheres como no caso do Bolsonaro. Em um eventual segundo turno, ele vai precisar romper dois limites: terá que suavizar o discurso para ocupar o centro e dialogar com as mulheres, senão perderá a eleição”, finaliza.

Já na análise do também cientista político e professor universitário (da Fundação Getulio Vargas em São Paulo) Fernando Abrucio, as estratégias de Marina, Ciro e Alckmin são mais orientadas no sentido de tentar evitar que Bolsonaro cresça do que pegar os votos dele.

“Sobre o candidato tucano, parte dos votos que ele perdeu para o Bolsonaro é recuperável, mas outra parte não, porque é um voto malufista, que só migrou para o PSDB com o declínio do deputado cassado Paulo Maluf”, pondera.

“Bolsonaro tem votos consolidados, então o objetivo é fazer com que ele estacione nos 15% e dê chance para que outro candidato dispute o segundo turno. É uma aposta, mas não é simples. Eles vão usar o tempo de TV e as redes sociais para atacar o Bolsonaro, que também faz isso com os seus adversários. A ideia de uma campanha focada em propostas é pouco factível”.

 

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