Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de junho de 2016
Frio combina com cobertor, que combina com chocolate, que combina com preguiça de malhar. O inverno costuma render alguns “quilinhos” a mais para os menos controlados – esse ganho de peso varia, em média, entre 500 gramas e três quilos, segundo especialistas. E pior: ainda tem o agravante das guloseimas das festas juninas e da quebra de rotina, já que julho coincide com as férias escolares.
“Algumas pessoas ficam mais melancólicas no frio, o que leva à compulsão por comidas que confortam. Infelizmente, pouquíssimas pessoas sentem conforto com comidas como cenoura e frango grelhado”, destaca a endocrinologista Paula Pires.
Se dependesse só do frio, a tendência seria emagrecer: para elevar a temperatura corporal, o organismo aumenta o gasto energético em 5% a 10% e o metabolismo é acelerado. “Essa alteração no metabolismo aumenta a sensação de fome e, por isso, há o vício em carboidratos”, observa o nutrólogo Hugo Coelho Neves.
Outro fator que contribui para “enfiar o pé na jaca” nesse período é que parte dos brasileiros relaciona hábitos saudáveis à estética, e não à saúde. “No inverno, as pessoas estão com o corpo coberto, menos exposto à praia ou a piscina, e logo desistem de malhar e de comer bem”, ressalta a nutricionista Natasha Barros.
Abandono dos exercícios.
Pelo medo de sair de casa no frio, os exercícios também costumam ser deixados de lado. “A atividade física eleva o nível de serotonina. Com menos serotonina, ficamos compulsivos por alimentos calóricos [que restauram o nível dessa substância no cérebro]”, explica a endocrinologista.
Para não abandonar as atividades, uma alternativa é a busca por outro exercício: “Uma solução é o HIIT [método de exercícios intensos que queimam mais gordura em menos tempo], que sobe logo a frequência cardíaca, diminui o frio e o praticante fica menos tempo fora de casa”.
Tendência no frio: comer mais e com menos qualidade.
Além de comer mais no frio, as pessoas tendem a comer pior, como congelados ou comida entregue em casa.
“Pela preguiça de cozinhar, pedem pizza, que vem quentinha, dá para comer no sofá”, alerta Natasha.
Outra forma de aquecer o corpo, segundo a nutricionista, é investir em chás, principalmente os que contêm gengibre ou canela, substâncias “geradoras” de calor: “Quando eu estou com frio e preguiça para preparar o café da manhã, esquento água, pingo gotas de limão e tomo, para ficar aquecida”, aconselha. (AG)