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Brasil Do esquema do mensalão ao lobby: ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha tentou intermediar contrato com o Exército e o Ministério da Defesa

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Ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT-SP). (Foto: Agência Brasil)

Reabilitado na cena política após ser condenado e preso no escândalo do mensalão, o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT) também vem avançando no meio empresarial.

Uma dessas frentes de atuação foi levada a cabo em janeiro deste ano, quando o ex-deputado solicitou uma visita de cortesia ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e também pediu para conhecer o comandante do Exército, general Tomás Paiva.

O encontro foi viabilizado e, na ocasião, o ex-deputado petista apareceu acompanhado de empresários que queriam apresentar ao chefe militar um portfólio do grupo na área de combate a incêndios, uma das frentes de atuação dos
fardados. A amostragem incluiu a apresentação de helicópteros que atuaram em desastres recentes.

O encontro não constou nas agendas oficiais. Até onde se sabe, a aproximação ainda não resultou na assinatura de nenhum contrato. Em Brasília, uma agenda como essa vale ouro tanto para quem pretende fechar parcerias com o governo quanto para quem consegue viabilizá-la.

Os principais personagens do mensalão, esquema de pagamento de mesada a parlamentares em troca de apoio político, desfrutam de influência e protagonismo 20 anos após o caso vir à
tona.

Além de abrir importantes portas em Brasília, João Paulo Cunha viu sua carreira de advogado deslanchar no governo Lula. Ele formou-se em direito em meados de 2015, enquanto ainda cumpria pena.

Aos 66 anos, ele se tornou sócio de um conceituado escritório de advocacia que foi contratado em 2023 para cuidar das demandas da Previ, o bilionário fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, comandando pelos petistas.

Cunha foi condenado a seis anos e quatro meses por corrupção e peculato e preso em fevereiro de 2014. Um ano depois, ele progrediu para o regime domiciliar e, em 2016, conseguiu o perdão da pena após um decreto de indulto assinado pela então presidente Dilma Rousseff.

Mensalão

Era 6 de junho de 2005, uma segunda-feira, quando a bomba explodiu. Roberto Jefferson, deputado federal pelo Rio de Janeiro e presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), tornava público o “mensalão”, esquema de compra de apoio parlamentar no Congresso Nacional, operado no início do primeiro mandato de Lula (2003-2006) via pagamento mensal de R$ 30 mil para deputados votarem conforme orientação do governo.

Jefferson, na verdade, não era ali propriamente um neófito. Estava em seu 6º (e último) mandato de deputado federal, eleito sucessivamente desde 1982. Integrou a “topa de choque” de Fernando Collor de Mello (1990-1992) durante o processo de impeachment que levou à renúncia do primeiro presidente brasileiro eleito por voto direto desde 1960. Collor renunciou acusado de corrupção envolvendo “sobras do caixa 2” da eleição de 1989. As informações são da Revista Veja e do portal Estadão.

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