Segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de outubro de 2015
O EI (Estado Islâmico) fechou todas as clínicas de saúde para mulheres que sejam supervisionadas por homens em Raqqa, na Síria, de acordo com o Observatório Sírio para Direitos Humanos. O grupo terrorista também restringe o acesso de mulheres a remédios comuns, que são de uso exclusivo de guerrilheiros.
Segundo o relato de homens ginecologistas à entidade, sediada em Londres e citada pelo jornal inglês “Independent”, eles tiveram seu trabalho vetado nos hospitais de Raqqa. O mesmo ocorre em outras províncias sob domínio dos guerrilheiros.
“As pessoas mostram indignação sobre essas ações do EI em relação aos funcionários de saúde e medicina na cidade, que já sofre da falta de mulheres que possam cumprir essa função”, diz a nota do Observatório.
Abu Mohammed, coordenador do grupo ativista Raqqa Está Sendo Destruída Silenciosamente, acrescentou que os médicos homens foram ameaçados. “Muitos médicos já deixaram [a cidade], especialmente ginecologistas, que foram banidos de fazer seu trabalho e ameaçados de morte.”
As áreas sob atuação do Estado Islâmico registram inúmeras violações de direitos humanos, particularmente contra mulheres – forçadas a se casarem com os militantes do grupo ainda quando crianças, a partir dos 9 anos. Os casos de abuso físico e sexual tornam ainda mais essencial o trabalho das clínicas de saúde para mulheres, dedicadas ao atendimento das vítimas.