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Rio Grande do Sul Estado vai agir no local, no momento e na proporção em que houver demanda, disse Leite ao apresentar o distanciamento controlado

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Governador Leite apresentou Distanciamento Controlado em transmissão pela internet com a secretárias Arita e Leany.

Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
Plataforma digital do governo gaúcho contribuiu para o desempenho no relatório. (Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

O governador Eduardo Leite, acompanhado de alguns de seus secretários, apresentou, no sábado (9), o modelo de distanciamento controlado que passa a valer no Rio Grande do Sul a partir de 0h de segunda-feira (11). O Decreto Nº 55.240, que estabelece o modelo, será publicado neste domingo (10). Segundo o governador, o Estado vai agir no local, no momento e na proporção em que houver demanda.

Em transmissão ao vivo pela internet com duração de duas horas, que também incluiu entrevista coletiva de imprensa, Leite e as secretárias Arita Bergmann (Saúde) e Leany Lemos (Planejamento, Orçamento e Gestão), além do procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, explicaram como foi o processo de elaboração do modelo e qual o objetivo do Estado com a medida. O diretor do DEE (Departamento de Economia e Estatística) da Seplag (Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão), Pedro Zuanazzi, também participou da transmissão pela internet.

“O coronavírus está aí e permanecerá por mais alguns meses. Teremos de conviver com essa situação, e a imensa maioria da população ainda não entrou em contato com o vírus, ou seja, não tem sistema imunológico preparado para a doença. Se o vírus circular menos, exigirá menos do nosso sistema de saúde e, assim, conseguiremos prestar atendimento a todos que tenham necessidade”, explicou o governador. “O modelo, inovador e inédito no Brasil, que lideramos com muita ciência e análise de dados, permite que o Estado aja no local, no momento e na proporção em que houver demanda”, garantiu Leite.

Baseado na segmentação regional e setorial, o distanciamento controlado prevê quatro níveis de restrições, representados por bandeiras nas cores amarela, laranja, vermelha e preta, que irão variar conforme a propagação da doença e a capacidade do sistema de saúde em cada uma das 20 regiões pré-determinadas. A bandeira preta, porém, não estabelece o “lockdown”, quando há proibição de circulação de pessoas, e sim, define restrição máxima às atividades econômicas.

Além de evitar a propagação do coronavírus, diminuindo a intensidade da procura por internações hospitalares, o distanciamento controlado prevê a mitigação dos efeitos econômicos da pandemia, uma vez que as restrições de circulação impostas à população trouxeram consequências negativas ao comércio. “Estamos em um momento de grande incerteza. Tentamos entender o processo e construir uma forma de conviver com a epidemia ao mesmo tempo em que lidamos com os efeitos não só na saúde, como também na economia e na nossa vida cotidiana”, ressaltou a secretária Leany Lemos, que liderou o processo de elaboração do modelo.

Até sexta-feira (8) o Estado aceitou sugestões, contribuições e observações de universidades e de entidades que representam os diversos setores. “Um sistema como esse só funciona se for um pacto, se todos estiverem convencidos de que, seguindo essas regras, obedecendo a essas normas, vamos conseguir passar por esse período sem experiências tão trágicas como o que vemos em outros Estados e países”, reforçou Leany Lemos.

O Estado contará, também, com o apoio da população no que diz respeito à fiscalização do cumprimento das regras definidas, como o agora obrigatório uso de máscara em ambientes fechados coletivos, com proximidade de pessoas, como estabelecimentos, portarias de edifícios, transporte coletivo e lojas. “É como a questão do cigarro. Sabe-se que é proibido fumar em ambientes fechados, mas não há como fiscalizar em todos os ambientes. A própria população, porém, atua nesse sentindo, repreendendo quem descumpre essa norma”, pontuou o governador.

Embora o Rio Grande do Sul apresente uma situação menos preocupante quando comparada à de Estados como Amazonas, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo ou Pernambuco, o governo gaúcho não deixa de estar vigilante. “Damos grande ênfase à prevenção e ao controle da evolução da Covid-19. Nossas equipes conseguiram construir um modelo que, certamente, dará à sociedade um espelho daquilo que vivemos e daquilo que queremos viver no futuro, reunindo a priorização da saúde sem deixar de lado as questões econômicas”, ponderou a secretária Arita Bergmann.

Volta às aulas da rede privada

No final de abril, o governador Eduardo Leite anunciou que as aulas da rede pública, em escolas estaduais e municipais, permaneceriam suspensas no Estado pelo menos até junho.

Ao longo do mês de maio, serão estabelecidos protocolos para que alunos, professores e servidores retomem as aulas com segurança. Isso pode exigir a compra de materiais ou equipamentos de proteção e reforço de recursos humanos, cujos processos de aquisição e contratação podem levar mais tempo.

Na rede particular, as aulas poderão voltar ainda em maio, caso as escolas consigam cumprir todas as determinações do Estado. A expectativa era de que, quando da apresentação do distanciamento controlado, houvesse a definição de regras para o retorno das aulas da rede particular. No entanto, Leite explicou que a discussão dos protocolos para a retomada das atividades da Educação ainda está ocorrendo e que o Estado analisa a questão.

Retomada do futebol

Com a definição das 20 regiões, as atividades dos clubes de futebol poderão funcionar, desde que obedecendo aos protocolos e colocando em prática as restrições determinadas pelas bandeiras vigentes. No entanto, como a retomada dessas atividades envolve a circulação de pessoas, inclusive entre regiões, a decisão sobre a realização de campeonatos, como o Gauchão, dependerá de decisão da Federação Gaúcha de Futebol.

Passo Fundo e Lajeado

No dia 30 de abril, quando o governo do Estado divulgou a divisão em 20 regiões para o distanciamento controlado, duas regiões se encaixaram na bandeira vermelha: Passo Fundo e Lajeado.

Durante a semana, o Estado observou a evolução da doença em cada uma das regiões e, no sábado, a região de Passo Fundo saiu da bandeira vermelha e se encontra, agora, na laranja. A região de Lajeado, no entanto, permanece na bandeira vermelha, a única neste momento.

A movimentação se deu porque, na região de Passo Fundo, a capacidade de resposta hospitalar do Estado permitiu um reforço de 10 leitos e a velocidade do avanço da doença estabilizou.

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