Sexta-feira, 02 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 27 de junho de 2018
O governo de Donald Trump foi processado na última terça-feira (26) por 17 Estados dos EUA e o Distrito de Columbia, que estão buscando interromper o que chamam de “cruel e ilegal” política de separar forçadamente famílias imigrantes que adentram o país pelo México.
Em uma reclamação apresentada com a corte do distrito dos EUA em Seattle, os Estados chamaram o decreto do presidente Donald Trump de 20 de junho que pretende suspender as separações de “ilusório”.
Segundo a agência de notícias Reuters, a ação alega que a política do governo é também inconstitucional em parte porque é motivada por “ânimo e um desejo de ferir” imigrantes que chegam da América Latina.
Suspensão temporária
Também na terça um funcionário da Agência de Alfândega e Proteção da Fronteira (CBP, na sigla em inglês) anunciou que os pais que cruzarem ilegalmente a fronteira do México para os Estados Unidos com os filhos não serão processados por ora porque o governo está ficando sem espaço para abrigá-los.
Na prática, significa que muitas das famílias apreendidas na fronteira serão liberadas rapidamente, com a promessa de que voltarão para uma audiência judicial.
Sob uma política de “tolerância zero”, o governo do presidente Donald Trump prometeu processar criminalmente todos os adultos que atravessarem a fronteira ilegalmente. Mas sua política de separar crianças imigrantes dos pais foi alvo de críticas em todo o mundo, por isso o presidente assinou uma ordem para acabar com a medida e agora Washington está tentando manter as famílias detidas juntas enquanto os pais aguardam julgamento.
No entanto, a medida criou problemas logísticos para abrigar estas famílias, e agora a o CBP não está mais encaminhando novos casos aos tribunais, segundo disse o comissário do CBP Kevin McAleenan.
McAleenan disse na última segunda-feira (25) que a ordem de Trump de parar com a separação famiilar provocou uma suspensão temporária no encaminhamento a processo, a não ser no caso de imigrantes ilegais que têm antecedentes criminais ou cujos filhos tenham uma questão de bem-estar.
Antes da política de “tolerância zero”, as famílias que chegavam na fronteira sem autorização e que alegavam medo de voltar para a casa eram autorizadas a entrar em território americano e pedir refúgio. Durante o processo de solicitação de refúgio o imigrante podia ou não ser detido, dependendo de uma série de fatores, inclusive a disponibilidade de vaga nos centros de detenção. Também eram realizadas audiências na fronteira, e a família toda poderia ser deportada, em vez de ficar detida nos Estados Unidos.