Terça-feira, 15 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 12 de junho de 2022
Os ministros de Defesa dos Estados Unidos e da Coreia do Sul condenaram as medidas tomadas pelo governo da Coreia do Norte que, segundo os dois países, apontam para a realização de um teste nuclear norte-coreano em breve. Americanos e sul-coreanos dizem que a preparação para um teste nuclear e uma série de lançamento de mísseis norte-coreanos próximo ao Mar do Japão ameaçam a segurança de toda a região, segundo agências de notícias internacionais. EUA e Coreia do Sul planejam expandir a escala de seus exercícios militares na península coreana.
O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, promoveu sua principal representante para assuntos nucleares ao cargo de ministra das Relações Exteriores do país. Além de anunciar a promoção na nova chanceler, Choe Son Hui, a mídia estatal norte-coreana também divulgou um discurso de Kim no qual ele prometeu responder à altura de países rivais para lutar pela soberania de seu país. Ele não fez referências diretas a EUA e Coreia do Sul, mas descreveu uma piora no ambiente de segurança de seu país. Ele defendeu acelerar o desenvolvimento de armas como forma exercitar os direitos de soberania e autodefesa. A Coreia do Norte não deu detalhes de objetivos específicos de sua política de defesa e não confirmou qualquer planejamento para um teste nuclear.
Se confirmado, este seria o primeiro teste nuclear na Coreia do Norte em cinco anos. O governo norte-coreano já realizou seis testes do tipo entre 2006 e 2017. “O direito à autodefesa é uma questão de defender a soberania, esclarecendo mais uma vez o invariável princípio do Partido de luta de poder para poder e disputa frontal”, disse Kim, segundo a agência estatal KCNA.
Desde setembro do ano passado, a Coreia do Norte tem aumentado a frequência de lançamentos de mísseis balísticos. Na última semana, a Coreia do Sul e os EUA fizeram um exercício militar com 20 caças e lançaram oito mísseis balísticos. A demonstração de força veio dois dias após os norte-coreanos terem lançado oito mísseis e em meio ao receio em relação à possibilidade de novos testes nucleares.
Luta por Taiwan
O ministro da Defesa da China, Wei Fenghe, disse neste domingo (12), no fórum de segurança Shangri-La Dialogue, em Singapura, que o país vai “lutar qualquer que seja o custo e lutar até o fim” para impedir que Taiwan declare independência. “Essa é a única escolha para a China”, afirmou.
“Aqueles que buscarem a independência de Taiwan na tentativa de dividir a China definitivamente não terminarão bem”, disse Wei Fenghe. “Ninguém jamais deve subestimar a determinação e a habilidade das forças armadas da China de assegurar sua integridade territorial.”
Wei Fenghe ainda acusou os Estados Unidos de tentar “sequestrar” o apoio de outras nações na região do Indo-Pacífico sob o pretexto de multilateralismo e afirmou que a relação EUA-China só vai melhorar se o país americano parar de interferir em “assuntos internos” da China.
O discurso de Wei Fenghe se deu um dia após o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, dizer que a China engajou em atividades militares “provocativas e desestabilizadoras” perto de Taiwan e algumas semanas depois que o presidente americano Joe Biden afirmar que os EUA iriam responder “militarmente” se a China atacasse a ilha.