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Mundo Estados Unidos ampliam checagem de redes sociais para vistos: entenda os critérios e o que é analisado

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Todos aqueles que pedirem vistos para os EUA terão ter as redes sociais "vasculhadas". (Foto: Reprodução)

Os Estados Unidos avançaram no monitoramento do comportamento digital de estrangeiros ao propor a exigência do histórico de até cinco anos de atividades em redes sociais para entrada no país. A proposta tomou força após o assassinato de Charlie Kirk em setembro.

A morte do ativista americano foi comemorada por alguns internautas ao redor do mundo, o que levou o governo norte-americano a endurecer o discurso e as políticas migratórias ligadas à conduta online.

O presidente norte-americano Donald Trump já havia anunciado a revogação de vistos de cidadãos da Argentina, África do Sul, México, Brasil, Alemanha e Paraguai que celebraram, nas redes sociais, a morte de Kirk.

Em nota publicada no X (antigo Twitter), o Departamento de Estado afirmou que o país “não tem obrigação de hospedar estrangeiros que desejam a morte de americanos”.

A proposta foi publicada no Federal Register, o diário oficial americano, pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA. O texto estabelece um período de consulta pública de 60 dias antes de eventual entrada em vigor.

Se confirmada, a medida afetará turistas de 42 países que fazem parte do ESTA (Programa de Isenção de Visto), como Alemanha, França, Reino Unido e Japão.

Pelo novo modelo, os turistas poderão ter que informar às autoridades americanas os identificadores de redes sociais usados nos últimos cinco anos, além de números de telefone e endereços de e-mail utilizados no período.

Especialistas explicam como o processo funciona e dão dicas para os cidadãos brasileiros que planejam tirar o visto americano.

O que é analisado

Bruna Nesjo, CMO na HAYMAN-WOODWARD, empresa referência em vistos, explica que não é uma “investigação moral”, mas uma verificação de coerência, veracidade e segurança.

“Muitas recusas não acontecem por um único post, mas pela soma de sinais que fragilizam a narrativa do solicitante.”

Ela afirma que o maior risco para recusa do visto está em omitir fatos através das redes sociais.

“Mentir, esconder perfis relevantes ou afirmar que não possui redes quando elas existem pode ser interpretado como deturpação. Nesses casos, não estamos falando só de uma negativa simples, mas de inelegibilidade, que pode gerar consequências muito mais duras e duradouras”, analisa.

Já sobre conteúdos deletados, Hugo Serri, advogado especialista em imigração alerta: “Mesmo que o usuário delete, ele pode continuar existindo em prints, reposts, caches ou em registros de terceiros. O maior risco neste caso é o conteúdo reaparecer e entrar em choque com o que foi informado ao consulado”, comenta.

Publicações extremistas

Segundo Bruna, postagens que envolvam violência, extremismo, atividades ilegais e discursos de ódio podem contribuir para a situação. “Esse tipo de conteúdo pode levar a investigações administrativas mais profundas e, dependendo do caso, fundamentar uma negativa por motivos de segurança”, diz.

Hugo complementa explicando até que ponto o candidato pode ser responsabilizado por curtidas, comentários, compartilhamentos ou conteúdos apagados no passado:

“Na prática, o que é público pode ser avaliado como parte da presença online. E, em geral, postagens próprias tendem a ter mais peso do que interações, como curtidas, compartilhamentos e comentários. Porém, interações repetidas com determinados conteúdos podem ser interpretadas como endosso, afinidade ou coerência (ou incoerência) com o que foi declarado.”

Para os especialistas, a principal recomendação é consistência e transparência. “Em vez de ‘limpar’ redes sociais, o mais prudente é garantir que tudo o que será declarado no formulário e na entrevista esteja coerente com a presença pública”, finaliza Serri.

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