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Mundo Estados Unidos enviam submarino e porta-aviões a Israel diante de temor de retaliação do Irã e tentativa de cessar-fogo em Gaza

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Porta-aviões Abraham Lincoln, enviado para a região do Oriente Médio. (Foto: Reprodução/US NAVY)

O general Patrick Ryder, porta-voz do Pentágono, anunciou o envio do submarino Georgia, com capacidade de disparar mísseis, para o Oriente Médio em meio à expectativa de uma potencial retaliação do Irã ao ataque atribuído a Israel que causou a morte do líder do Hamas Ismail Haniyeh em Teerã no fim de julho. O anúncio é mais uma tentativa dos Estados Unidos de tentar dissuadir o governo iraniano contra uma ação que poderia levar à escalada de um conflito. Previamente, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, anunciou que ordenou o envio à região do porta-aviões USS Abraham Lincoln, equipado com caças F-35.

O porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse nessa segunda-feira (12) que o presidente Joe Biden e os líderes de França, Alemanha, Itália e Reino Unido abordaram ao telefone que há o risco de Irã lançar “uma série de grandes ataques” contra Israel ainda esta semana. Em um comunicado conjunto, emitido após a ligação, os governantes pediram que o Irã “renuncie” às suas ameaças de ataque.

“Instamos o Irã a desistir de suas ameaças contínuas de um ataque militar contra Israel e discutimos as sérias consequências para a segurança regional que poderia haver se isto ocorrer”, destacaram os dirigentes em nota publicada após um telefonema conjunto.

Ao chanceler alemão, Olaf Scholz, o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, afirmou nesta segunda-feira que seu país tem “direito a responder” às agressões.

“Embora enfatize a resolução de problemas pelo diálogo, o Irã nunca se submeterá à pressão, às sanções, ao assédio e à agressão e, em linha com a normas internacionais, se reserva o direito a responder aos agressores”, disse Pezeshkian, segundo uma nota publicada pela agencia oficial Irna após o telefone entre os dois líderes.

Aliados de Teerã

As autoridades americanas afirmaram que o envio dos equipamentos militares é uma resposta não só às ameaças do Irã, mas também de seus aliados em Gaza, Líbano e Iêmen, que juraram se vingar pelo assassinato de Haniyeh — oficialmente, o Estado judeu não confirmou nem negou a autoria do ataque. Autoridades israelenses afirmaram que suas forças estão de prontidão e em alerta para possíveis ações hostis partindo de Teerã ou de algum integrantes do chamado Eixo da Resistência, grupo que congrega países alinhados ao Irã.

Austin conversou com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, no domingo — na terceira ligação entre os dois em uma semana. Gallant tratou sobre a “prontidão e capacidades do Exército israelense diante das ameaças representadas pelo Irã e seus representantes regionais”, segundo um anúncio do governo israelense. Gallant também teria discutido “a urgência de se chegar a um acordo para a libertação de reféns e agradeceu à administração dos EUA por sua liderança e comprometimento com essa questão”, disse o comunicado.

A conversa entre os ministros ocorreu um dia após um ataque aéreo israelense atingir um complexo escolar usado como abrigo por deslocados na Cidade de Gaza. Segundo a Defesa Civil do território, governado pelo Hamas, 93 pessoas morreram, entre elas muitas mulheres e crianças. O Exército de Israel afirmou que o estabelecimento servia de base para o grupo terrorista Hamas e a Jihad Islâmica para “realizar ataques” contra seus soldados e indicou que, nessa operação, matou pelo “menos 31 terroristas”.

“Vamos levar mais dois dias para identificar os corpos despedaçados”, afirmou Mahmud Bassal, porta-voz da Defesa Civil.

Cessar-fogo

Com a preocupação sobre uma escalada regional do conflito e uma intensificação das operações em Gaza, mediadores internacionais, incluindo EUA, Catar e Egito, tentam pressionar para um avanço das conversas sobre um cessar-fogo.

O Hamas exigiu nesse domingo (11) a aplicação de um plano de trégua apresentado pelo presidente americano, Joe Biden, “em vez de realizar novas negociações” — enquanto moradores de Khan Yunis, no sul do território palestino, fugiam diante da iminência de novos bombardeios israelenses. Na sexta-feira, Israel havia aceitado retomar as conversas a partir de 15 de agosto, em resposta a um pedido dos mediadores.

Fora de Gaza, observadores afirmaram na última semana que o Irã estaria disposto a trocar o seu “direito de retaliação” pela violação de soberania que resultou na morte de Haniyeh por um cessar-fogo em Gaza. Contudo, novos posicionamentos do país, incluindo as declarações desta segunda-feira, colocaram em dúvida uma possível evolução nesse sentido.

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