Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 15 de dezembro de 2019
Esta seria a primeira expulsão do tipo em 30 anos
Foto: DivulgaçãoOs Estados Unidos expulsaram secretamente dois funcionários da embaixada da China em setembro, depois que eles tentaram entrar em uma base militar na Virgínia, informou o jornal americano New York Times neste domingo (15). Acredita-se que pelo menos um dos diplomatas era um oficial da inteligência que atuava no país disfarçado, segundo o Times.
O jornal, que citou pessoas com conhecimento do episódio, afirmou que os funcionários da embaixada chinesa, acompanhados de suas esposas, se dirigiram até o posto de controle da entrada de uma instalação militar perto de Norfolk, Virgínia, que inclui forças de operações especiais.
Um guarda viu que eles não tinham permissão para entrar e mandou que fossem embora. Mas os chineses continuaram em direção à base, fugindo dos militares que os perseguiram até serem obrigados a parar por caminhões de bombeiros que bloquearam seu caminho.
Os diplomatas alegaram que não haviam entendido as instruções do guarda e que estavam perdidos. Semanas após o incidente, o Departamento de Estado impôs restrições às atividades dos diplomatas chineses. O jornal disse que esta seria a primeira vez em mais de 30 anos que Washington expulsou diplomatas chineses por suspeita de espionagem.
A relação entre chineses e americanos vem estremecida desde o início da guerra comercial entre os dois países. Mas os países estão caminhando para uma trégua. Na sexta-feira (13), China e Estados Unidos concordaram sobre a primeira fase de negociações comerciais entre os dois. Com isso, os países vão suspender a aplicação de novas tarifas sobre importações que deveriam entrar em vigor neste domingo.
O acordo terá de passar por “procedimentos legais” em ambos os países antes de ser assinado. A expectativa dos governos é que ele seja firmado já na primeira semana de janeiro.