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Mundo Os Estados Unidos passam a China e se tornam o país com o maior número de pessoas infectadas pelo coronavírus no mundo

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Donald Trump durante coletiva sobre o coronavírus.

Foto: Tia Dufour/The White House
Trump se desentendeu com governadores sobre quem tem a autoridade máxima para exigir uma reabertura da economia dos Estados. (Foto: Tia Dufour/The White House)

Começou a temida explosão do coronavírus nos Estados Unidos. Os números oficiais da Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda não saíram, mas na tarde desta quinta-feira (26) sites de monitoramento em tempo real da Covid-19 mostram que os Estados Unidos são hoje o país mais afetado pela pandemia, passando a Itália e a China.

Médicos de Nova York dizem que já estão trabalhando no “modo de desastre” e esperam uma “chegada apocalíptica” de pacientes aos hospitais, que enfrentam falta de equipamentos.

O Congresso se prepara para aprovar um pacote de US$ 2 trilhões, num cenário em que as medidas de contenção não são consideradas suficientes para deter a pandemia. Num único dia, os EUA registraram mais 13.968 casos novos de Covid-19. Segundo o Worldometer, que faz estatística em tempo real, e dados da universidade Johns Hopkins, os EUA tinham ontem 83.507 casos. A China, 81.782. A Itália está em terceiro lugar, com 80.589. Outros serviços de monitoramento, como o do The New York Times mostram a explosão de casos logo em seguida.

Não faltaram avisos de que esse dia chegaria. A comunidade científica alertava desde janeiro o governo do presidente Donald Trump de que o país seria duramente atingido. Mas só nos últimos 15 dias a Casa Branca começou a tomar medidas mais substanciais, ainda assim, relutantes em relação ao isolamento social. Sem barreiras de verdade, o vírus seguiu então o ritmo projetado pelos cientistas, e explodiu.

O aumento explosivo do número de casos era esperado por dois motivos. Primeiro, porque os EUA, com grande atraso, finalmente começaram esta semana a testagem em massa. E a propagação que era estimada se materializou em números.

Brasil no padrão americano

Mas não é só. A situação dos EUA preocupa mais porque o país, diferentemente de China e Itália, tem vários focos importantes de dispersão do novo coronavírus. Na China, a doença se concentrou fortemente em Hubei. Na Itália, na Lombardia. Já os EUA mostram focos ativos de propagação de Leste a Oeste. O país também tem a terceira maior população do mundo. São 330 milhões de habitantes expostos ao novo coronavírus.

Epidemiologistas têm alertado que o Brasil segue o padrão americano, com focos significativos em São Paulo e Rio de Janeiro.

O número de mortes nos EUA, porém, ainda é significativamente menor do que o da China e, sobretudo, o da Itália. O país tem 1.177 mortes, 150 delas novas. Na Itália, são 8.215, sendo 712 novas. E na China, 3.287, sendo seis novas.

A diferença na testagem explica em parte a diferença. Nos últimos dias, os EUA estão testando muito mais do que a China e a Itália. A China não chegou a testar em massa os casos leves e assintomáticos, então seu número real de casos pode ser muito maior e a taxa de mortalidade, menor. Porém, como nos EUA a doença está em curva ascendente e a China, em descendente, o número de mortes lá poderá superar o dos chineses.

Já a Itália também testou pouco e descobriu a intensa contaminação da população tarde, quando a Covid-19 estava completamente descontrolada. A tendência é que nos próximos dias o número de mortes comece a se reduzir. Nos EUA, mais uma vez, ocorre o contrário.

“Sem apertar mãos”

Em seu briefing diário sobre a doença nos EUA, o presidente Donald Trump atribuiu o aumento no número de casos à expansão na realização de testes, sem mencionar diretamente o fato de o país ter mais confirmações do que a China. Ele revelou que deve conversar com o líder chinês, Xi Jinping, porém sem revelar a pauta, apenas dizendo que os dois falarão sobre o coronavírus.

“Não se sabe que números são esses da China”, respondeu, afirmando que os EUA estavam fazendo progressos contra o vírus. “Uma coisa é contrair a doença. Outra coisa é morrer dela.”

Trump também se mostrou confiante ao dizer que o país “deve se abrir em breve” e que os americanos “querem voltar logo a trabalhar”. Mesmo assim, deixou claro que essa reabertura não significará o completo abandono das recomendações do governo. Para ele, muitas pessoas “não vão mais apertar as mãos” quando a vida começar a voltar ao normal.

“Estamos tomando conta dos nossos cidadãos. Essa é uma crise médica”, acrescentou.

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