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Política Estados Unidos querem selar paz até quinta-feira; Zelenski rejeita trair os ucranianos

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Para o presidente ucraniano, país terá de decidir entre perder dignidade ou apoio. (Foto: Reprodução)

Sob intensa pressão de Donald Trump para aceitar o acordo de paz desenhado em conjunto com a Rússia para encerrar a guerra em seu país até a semana que vem, o presidente Volodimir Zelenski disse que a Ucrânia terá de escolher entre a dignidade ou o apoio dos Estados Unidos.

“Agora é um dos momentos mais difíceis da nossa história. Agora a pressão sobre a Ucrânia é uma das mais intensas. Agora a Ucrânia pode ter de encarar uma escolha muito difícil: ou perder a dignidade ou arriscar perder um grande aliado”, afirmou em pronunciamento à nação.

“Eu dei um monte de prazos, mas se as coisas estiverem indo bem, você tende a estendê-los”, disse, por sua vez, Trump. “Acho que quinta-feira é um momento apropriado”, acrescentou à rádio Fox News. Ele quer dar um caráter simbólico e americano com a escolha: 27 de novembro é o Dia de Ação de Graças, um dos feriados mais celebrados nos EUA.

Já o presidente Vladimir Putin quebrou o silêncio do Kremlin numa reunião de seu Conselho de Segurança nesta sexta e buscou demonstrar ceticismo. “A Rússia está pronta para negociações de paz e uma resolução pacífica dos problemas, mas isso requer uma discussão substancial de todos os detalhes do plano proposto”, afirmou.

Ele disse que os pontos foram discutidos genericamente já antes da cúpula de agosto com Trump, no Alasca, e que agora foram refinados. “Temos esse texto. Recebemos por meio dos canais de comunicação existentes com o governo dos EUA. Acredito que ele possa ser usado como a base de um acordo de paz.”

Zelenski foi cuidadoso para não rejeitar o plano de 28 pontos, amplamente favorável ao rival russo, que invadiu seu país em 24 de fevereiro de 2022, agradecendo a Trump pelo esforço. Mas disse: “Vou lutar 24/7 para garantir que ao menos dois pontos no plano não sejam ignorados: a dignidade e a liberdade dos ucranianos”.

Ele terá dificuldades. Autoridades americanas afirmaram a meios ocidentais, como a agência Reuters, que o país pode cortar o fornecimento de informações de inteligência vitais para Kiev lutar sua guerra, como imagens de satélite com movimentos de tropas e monitoramento de lançamento de mísseis e drones.

O suprimento de armas, que hoje só chegam por meio de reduzidas compras feitas por países europeus de equipamento dos EUA, também será vetado. Na prática, tudo isso pode inviabilizar a defesa da Ucrânia, já sob intensa pressão em três pontos da frente de mil quilômetros de extensão.

Cercado, Zelenski buscou apoio dos aliados europeus, que foram deixados de lado por Trump na negociação com os russos para pôr fim ao conflito mais sangrento em solo europeu desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

O ucraniano participou de uma conversa telefônica na sexta (21) com o presidente francês, Emmanuel Macron, e os premiês Keir Starmer, do Reino Unido, e Friedrich Merz, da Alemanha. Segundo a chancelaria em Berlim, todos concordaram que a Ucrânia tem de se manter soberana e reter capacidade de defesa.

Depois, ele discutiu por telefone o assunto com o vice-presidente americano, J. D. Vance, e com o secretário-geral da Otan, o holandês Mark Rutte. Na véspera, havia recebido uma delegação do Exército americano. O acordo é quase todo favorável ao Kremlin – a única concessão maior de Putin foi ceder um terço dos US$ 300 bilhões em reservas externas congeladas para a reconstrução do país invadido.

No mais, pelos termos colocados a Ucrânia perderá pouco mais de um quinto do seu território e terá as Forças Armadas limitadas a 600 mil soldados, 40% a menos do que têm hoje em combate. Ficará proibida de ingressar na Otan e de ter militares da aliança ocidental em seu território, assim como aviões de combate.

Após a ligação, Macron afirmou que os líderes concordaram que qualquer conversa a partir de agora terá de ter a participação da Ucrânia, da União Europeia e da Otan, já que o futuro do continente depende do arranjo de paz mais amplo proposto no acordo.

É o que se pode fazer, dado que os termos em si já estão na mesa. Como muitos deles são vagos, há espaço, contudo, para negociações. O site americano Axios, por exemplo, diz que as garantias de segurança que não são detalhadas na proposta podem incluir uma cláusula de defesa da Ucrânia semelhante ao mecanismo da Otan de assistência mútua em caso de ataque. (Com informações da Folha de S.Paulo)

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https://www.osul.com.br/estados-unidos-querem-sela-paz-ate-quinta-feira-zelenski-rejeita-trair-os-ucranianos/ Estados Unidos querem selar paz até quinta-feira; Zelenski rejeita trair os ucranianos 2025-11-22
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