Quinta-feira, 01 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 2 de março de 2022
A Casa Branca anunciou na quarta-feira (2) novas sanções contra a Rússia e a sua aliada Bielorrússia por causa da invasão à Ucrânia. Entre as medidas, Washington vai restringir exportações de tecnologia ao governo de Alexander Lukashenko, vai sancionar entidades russas relacionadas ao setor de defesa e ainda mirou o setor de refino de petróleo da Rússia.
Afirmando que irá “tomar medidas para responsabilizar a Bielorrússia por permitir a invasão da Ucrânia”, o governo de Joe Biden disse que irá restringir as exportações a Minsk, ajudando a “evitar o desvio de itens, tecnologias e software da Bielorrússia para a Rússia, degradará significativamente a capacidade de ambos os países de sustentar sua agressão militar”.
Apesar de os EUA e de seus aliados estarem evitando sanções diretas ao setor de energia russo, que é vital para o continente europeu, a Casa Branca anunciou que irá impor restrições a exportações de tecnologias específicas de refino “que apoiariam a capacidade de refino [de petróleo] da Rússia a longo prazo”, dificultando a modernização das refinarias de Moscou.
De acordo com o governo americano, não há interesse em diminuir o fornecimento global de energia, mas o objetivo é reduzir o status da Rússia como principal fornecedor ao longo do tempo, “protegendo os consumidores americanos”.
Também foram anunciadas sanções contra 22 “entidades russas relacionadas à defesa”, incluindo “empresas que fabricam aeronaves de combate, veículos de combate de infantaria, sistemas de guerra eletrônica, mísseis e veículos aéreos não tripulados para as Forças Armadas da Rússia”.
As novas medidas também têm como alvo entidades que “estão envolvidas, contribuem ou apoiaram” as forças de segurança e de defesa tanto da Rússia como da Bielorrússia. As sanções irão dificultar as importações de tecnologia dos EUA para os dois países.
Alvo da UE
A União Europeia (UE) também aprovou novas sanções contra a Bielorrússia, banindo efetivamente cerca de 70% de todas as importações de Minsk, disse o bloco na quarta-feira.
O bloco ainda incluiu 22 oficiais militares do alto escalão bielorrusso em uma lista de sanções e anunciou o fim das importações do principal produto de exportação do país: fertilizantes à base de potássio.
De acordo com o documento que detalha a sanção, a inclusão dos 22 militares deveu-se ao fato de que “a Bielorrússia está participando de uma invasão russa não provocada contra a Ucrânia, ao permitir a agressão militar de seu território”.
A UE também adotou restrições à exportação de produtos de uso duplo — ou seja, que possam ser utilizados para fins civis ou militares — e de tecnologia que possa “ajudar o desenvolvimento tecnológico e militar” da Bielorrússia.
Também foram adotadas restrições “ao comércio de bens usados na produção ou fabricação de produtos de tabaco, combustíveis minerais e substâncias betuminosas”. As novas sanções também afetarão “os produtos de hidrocarbonetos gasosos, potássio, produtos de madeira, cimento, ferro e aço, bem como produtos de borracha”.