Sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2015
As previsões do mercado financeiro para a inflação deste ano e de 2016 e para o desempenho da economia brasileira continuam piorando, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta terça-feira (03). Para 2015, a expectativa dos economistas é de que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) feche o ano em 9,91%.
Na semana anterior, a taxa esperada era de 9,85%. Se confirmada a estimativa, será o maior índice em 13 anos, ou seja, desde 2002, quando ficou em 12,53%. Essa foi a sétima alta seguida no indicador. Segundo economistas, a alta do dólar e, principalmente, dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressiona o IPCA em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.
Para 2016, os economistas das instituições financeiras elevaram sua expectativa de inflação de 6,22% para 6,29%. Essa foi a 13ª alta seguida do indicador
Produto Interno Bruto
Ao mesmo tempo, o mercado financeiro também passou a estimar uma retração maior da economia em 2015 e 2016. Para o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano, o mercado financeiro passou a prever uma retração de 3,05%. Foi a 16ª revisão para baixo consecutiva do indicador. Até então, a expectativa era de uma contração de 3,02%. Se confirmado, será o pior resultado em 25 anos, ou seja, desde 1990, quando foi registrada uma queda de 4,35%.
Para 2016, os economistas das instituições financeiras aumentaram de 1,43% para 1,51% a expectativa de contração na economia do País. Essa foi a quarta queda seguida na previsão do mercado para o PIB do próximo ano.
Juros
Após o BC ter mantido os juros estáveis em 14,25% ao ano em outubro, o maior patamar em nove anos, o mercado manteve a estimativa de que não devem ocorrer novos aumentos da Selic em 2015. Para o fim de 2016, a estimativa permaneceu em 13% ao ano, o que pressupõe reduções da taxa Selic ao longo do ano que vem.