Terça-feira, 19 de março de 2024
Por Redação O Sul | 16 de setembro de 2021
Segundo um estudo publicado pela revista científica Environmental Research Letters, tapetes e carpetes velhos podem ser grandes vilões para a qualidade do ar dentro de casa. Mais especificamente, o estudo fala dos materiais desse tipo que foram tratados para serem resistentes a manchas com uma classe de produtos químicos conhecidos como PFAs (substâncias alquil polifluoradas).
Os PFAs são produtos usados mais popularmente no tratamento de têxteis, mas também em tintas e utensílios de cozinha, por exemplo. Essas substâncias são incrivelmente persistentes, nunca se degradam no meio ambiente e permanecem em nossos corpos por anos. Além disso, décadas de uso já resultaram na contaminação da água e do solo.
Os cientistas descobriram altas concentrações de substâncias alquil polifluoradas no ar de todas as nove classes de jardim de infância que fizeram parte do estudo, além de escritórios, salas de aula de faculdade e lojas de roupas. De acordo com o resultado, os tapetes e carpetes antigos são o ponto em comum entre todos os ambientes.
Os jardins de infância foram uma preocupação especial para os pesquisadores, já que as crianças são conhecidas por serem mais propensas a respirar poeira e mais suscetíveis aos efeitos de produtos químicos tóxicos.
Uma das maiores complicações sobre o assunto é o fato de ser muito difícil saber se as substâncias alquil polifluoradas são uma preocupação dentro de casa, por exemplo. Segundo Rainer Lohmann, professor de oceanologia da Universidade de Rhode Island, que liderou o estudo, é impossível até mesmo para um cientista entrar em uma casa e saber o que tem PFAs e o que não tem. Não há regulamentação que obrigue a indicação dessas substâncias em rótulos.
Troca
Em entrevista ao Fast Company, o pesquisador indicou que a melhor forma de evitar uma possível contaminação com essas substâncias é fazer a troca dos tapetes ou carpetes velhos à prova de mancha, se os tiver, além de assegurar uma ventilação adequada nos locais onde possa haver tais itens.
Pesquisa sobre higiene
A crise de saúde global parece ter nos impulsionado a olhar para a higiene não só como uma forma de reduzir o risco de contrair o novo coronavírus, mas como uma “aliada” na manutenção de nosso bem-estar emocional, segundo uma pesquisa qualitativa conduzida pela empresa alemã do ramo da perfumaria Symrise divulgada em coletiva virtual nesta quinta-feira (16).
Termos como “cuidado”, “aconchego”, “vivacidade”, “calma” e “bem-estar” foram utilizados pela maioria dos entrevistados para descrever as sensações associadas à higiene no mundo pandêmico. “A higiene agora não está mais só associada a funcionalidade. A limpeza se transformou em algo muito múltiplo, complexo e até mesmo emocional”, avaliou durante o evento Fernando Levy, diretor de marketing da divisão de fragrâncias para a América Latina, da Symrise.
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