Segunda-feira, 16 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 15 de fevereiro de 2021
A principal seguradora de saúde de Israel afirmou que a vacina contra o coronavírus da Pfizer/BioNTech foi 94% eficaz, de acordo com um estudo realizado com mais de um milhão de pessoas vacinadas.
De acordo com a seguradora Clalit, seus cientistas testaram 600 mil pessoas que receberam as duas doses recomendadas da vacina e um número equivalente de pessoas que não receberam a injeção.
“Houve uma redução de 94% na taxa de infecção sintomática e uma queda de 92% na taxa de doença grave, em comparação com 600 mil [indivíduos] semelhantes que não foram vacinados”, explicou a empresa, em um comunicado.
“A eficácia da vacina é mantida em todas as categorias de idade, incluindo aquelas com mais de 70 anos”, acrescentou.
Desde meados de dezembro, Israel vacinou mais de 3,8 milhões de pessoas, 2,4 milhões das quais já receberam a segunda dose.
O país de nove milhões de habitantes espera vacinar toda a sua população com mais de 16 anos até o final de março.
“A publicação dos resultados preliminares neste momento tem o objetivo de enfatizar para a população não vacinada que a vacina é muito eficaz”, explicou a Clalit.
A seguradora disse que, por enquanto, o estudo foi feito com pessoas que já haviam sido vacinadas há pelo menos sete dias com a segunda dose, e que espera ampliá-lo no futuro.
Israel registrou mais de 723 mil casos de covid-19 e quase 5.500 mortes.
Vacina de Oxford
A Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou, nessa segunda-feira (15), o uso emergencial da vacina de Oxford/AstraZeneca contra a covid-19. Duas versões da vacina entraram na lista de uso emergencial da entidade: a produzida pela própria AstraZeneca-SKBio, na Coreia do Sul, e a outra pelo Instituto Serum, na Índia.
Com a aprovação, as vacinas poderão ser oferecidas por meio da aliança Covax Facility, iniciativa da OMS para garantir o acesso equitativo às vacinas da Covid a países mais pobres. Além disso, o aval da entidade pode ser usado por países que ainda não fizeram suas próprias avaliações do imunizante.
Apenas uma outra vacina, a da Pfizer, já havia entrado na lista de uso emergencial da OMS.
A aprovação da vacina de Oxford pela OMS já era esperada: o grupo de especialistas da entidade para imunização (SAGE, na sigla em inglês) já havia divulgado, na semana passada, as orientações de uso da vacina de Oxford.
No Brasil, a Anvisa já liberou o uso emergencial e a vacina de Oxford está sendo aplicada no Programa Nacional de Imunizações (PNI). O Ministério da Saúde aguarda a entrega de doses da vacina de Oxford compradas por meio da aliança Covax, liderado pela OMS.
O Ministério da Saúde comprou 42 milhões de doses, e já tem previsão para receber 10,6 milhões até junho.:
– Entre 2.668.200 e 3.735.480 no primeiro trimestre, ou seja, até março (25% a 35%);
– Entre 6.937.320 e 8.004.600 no segundo trimestre, ou seja, até junho (65% a 75%).
A entrega estava programada para começar no final de fevereiro, mas a Covax explica que o valor é uma projeção e depende de uma série de fatores, como disponibilidade das vacinas, lista de emergência da OMS, aceitação dos países e questões de logística.