Sábado, 14 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 28 de julho de 2015
Os Estados Unidos reconheceram os esforços de Cuba para combater o tráfico de pessoas e melhoraram a nota da ilha na lista sobre o assunto, informou um relatório anual do Departamento de Estado norte-americano divulgado nessa segunda-feira.
Com a medida, o governo cubano saiu do nível 3, considerado o pior, para o patamar 2, onde estão os países que tentam acabar com a escravidão moderna. A ação também retira Cuba da lista negra e encerra mais um desentendimento entre os ex-inimigos da Guerra Fria, que restauraram relações diplomáticas no início do mês.
O Departamento de Estado dos EUA alegou que o governo cubano realizou esforços significativos pelo segundo ano consecutivo para cumprir com os padrões mínimos a fim de eliminar o tráfico de pessoas. Também, o país tem compartilhado informações com outros países, melhorado a cooperação e oferecido serviços às vítimas dos tráficos sexuais. Porém, segundo o relatório, ainda é necessário mais empenho em combater o trabalho forçado. O documento apontou que ainda há em Cuba relatos de trabalho forçado nas missões no exterior, que enviam 51 mil trabalhadores para mais de 67 países.
A ilha foi classifica no nível 3 desde 2003, quando entrou no último lugar na lista, mas Havana sempre negou as acusações. A atualização ocorre uma semana depois de EUA e Cuba formalmente restaurarem as relações diplomáticas após meio século de estranhamento. O governo norte-americano também retirou a ilha da lista de Estados patrocinadores do terrorismo no final de maio.