Terça-feira, 05 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
“Não adianta esconder bens ou valores fora”
Rodrigo Janot, procurador geral da República, sobre o cerco à lavagem de dinheiro
Pela primeira vez desde quando esse tipo de falcatrua floresceu no Congresso, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, ordenou a retirada de nove artigos “enxertados” na MP 766, medida provisória que institui o Programa de Regularização Tributária, o “Novo Refis”. Os “jabutis”, sem qualquer ligação ao tema original da MP, foram incluídos pelo relator do projeto, deputado Newton Cardoso Filho (PMDB-MG).
Causa própria
Dentre os “jabutis” da MP 766 estava o perdão de dívidas tributárias de empresas da família do relator, Newton Cardoso Jr (PMDB-MG).
Barriga de aluguel
Irritados, os donos dos “jabutis” excluídos ameaçam apresentá-los como destaques na votação da MP 757, que expira em 28 de maio.
Prática antiga
Esta coluna revelou em outubro de 2014 que a MP 651 (a do “Refis da Crise”) recebeu 334 emendas, saltando de 51 para 114 artigos.
Léguas de distância
Cardoso Jr não comentou a acusação de tentar usar a MP 766 para beneficiar a família. “Ele não foi encontrado”, informou sua assessoria.
Mônica se revela magoada com Dilma, Lula e PT
Mônica Moura, a mulher de João Santana, o marqueteiro de Lula e Dilma, deixou transparecer mágoa com o grupo que ajudou a eleger: “Nunca [alguém do PT me procurou após a prisão]. Nem nossos filhos”, revelou. Mônica disse que não fala com nenhum deles “há mais de um ano”. E que “nem Lula, nem Dilma, ninguém do PT” mandou “nem recadinho de apoio, nem recadinho de ameaça. Nem de medo. Nada”.
É o medo
Tentando ser elegante, Mônica atribui ao “medo” a falta de contato de Lula e Dilma após as prisões dela e do marido.
Ingerência em tribunais
Indagada sobre se “existia a possibilidade de ingerência [de Dilma] em tribunais, tribunais superiores”, Mônica Moura negou.
Poste de Lula
Na delação, Mônica mostra desapreço pela petista: “Numa campanha como a da Dilma…era impossível, era um poste para eleger”.
Ofuscou geral
Os devastadores depoimentos de Mônica Moura e João Santana, comprometendo de uma vez Lula e Dilma, acabaram por relegar a plano secundário a Operação Bullish, da Polícia Federal.
Chave de cadeia
As relações do BNDES com a Friboi são investigadas há muito tempo pela PF e o Ministério Público Federal. O futuro de liberdade do ex-presidente do banco Luciano Coutinho pode ser considerado incerto.
Não é inocente
A capa da revista IstoÉ, que circula neste fim de semana, resume o sentimento geral de operadores da Justiça, em Brasília. Mostra Lula de cabeça baixa e o título “Lula não é inocente”.
Agilidade
PSDB, PP, DEM e PMDB querem agilizar a reforma política. Decisão de líderes dos partidos esta semana pode fazer com que a PEC, de Aécio Neves, venha a ser votada pelos deputados em até um mês.
Já era tempo
Após o cancelamento de leilões de energia renovável e limpa para privilegiar usinas térmicas, caras e poluidoras, a geração de energia eólica será tema de audiência pública nesta quarta (17), na Câmara.
Lesa-pátria
O ministro Osmar Serraglio (Justiça) tem lá um jeitão discreto, mas até em particular não esconde o entusiasmo pela Lava Jato. Até considera “crime de lesa-pátria” qualquer tentativa de interferir na operação.
Título indigesto
A Controladoria Geral da União deu a Florianópolis o título de capital menos transparente do país. O resultado, fruto de análises colhidas nos últimos três anos, está no levantamento Brasil Escala Transparente.
Não é culpa de Marisa
A loja Marisa não informou quem criou a propaganda “Se sua mãe ficar sem presente, a culpa não é da Marisa”, que “bombou” nas redes sociais, após Lula atribuir à falecida mulher as acusações contra ele.
Pensando bem…
… muitos ladrões torceram para que o “cyber-ataque” em computadores de todo o mundo destruísse os arquivos da Lava Jato.
PODER SEM PUDOR
Quem tem votos
De Dinarte Mariz aos jornalistas Carlos Castello Branco e Murilo Melo Filho:
– Eu vetara a candidatura de Aluízio Alves ao governo do Rio Grande do Norte, quando ouvi do marechal Castelo Branco, no Planalto, a advertência:
– “Lá no seu Estado, segundo estou informado, quem tem votos é o dr. Aluízio.”
– Não seja por isto, presidente. Se fosse só por ter voto, quem devia estar sentado aí era Juscelino (Kubitscheck), que tem muitos votos, e não o senhor, que não os tem.
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Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br
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