Terça-feira, 14 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 15 de maio de 2016
O ex-advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, negou que Dilma Rousseff tenha oferecido ajuda no STF (Supremo Tribunal Federal) ao presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha, e afirmou que o relato feito pelo deputado não merece “nenhuma credibilidade”. Para Cardozo, a versão de Cunha se trata de uma “mentira escandalosa”.
“Eduardo Cunha não é aquele deputado que disse uma vez que não tinha conta no exterior e depois todos viram que era mentira?”, questionou. “Ele é afiado na arte de faltar com a verdade e, neste caso, está exercitando a habilidade de forma escandalosa.”
Dilma e Cunha de fato se encontraram em 1° de setembro de 2015. À época, a versão do Planalto era a de que Dilma pedira ao então presidente da Câmara ajuda para que o Orçamento, enviado com deficit ao Congresso, não fosse devolvido pelo Legislativo.
Questionado na sexta-feira (13), Cardozo diz ter sido informado de que “todos os encontros tidos entre a presidenta [e Cunha] trataram de problemas com as pautas legislativas, com o intuito de verificar se era possível viabilizar sua aprovação”.
No dia da reunião, Cunha também afirmou que a conversa girou em torno de temas econômicos. O site oficial da Câmara informou que “a presidenta Dilma pediu apoio ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, para viabilizar a aprovação de medidas econômicas do governo”. (Folhapress)