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Brasil Ex-líder dos governos Lula e Dilma na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza é preso pela Polícia Federal por receber propina

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Em julho, Vaccarezza criou uma lista no WhatsApp para arrecadar valores para a sua campanha a deputado federal. (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)

A PF (Polícia Federal) cumpre mandados da 43ª e da 44ª fases da Operação Lava-Jato na manhã desta sexta-feira (18) em cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. Essa é a primeira vez que a PF realiza duas fases da operação ao mesmo tempo. O ex-líder do governo Lula e Dilma na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza, foi preso temporariamente em São Paulo. Ele se desligou do PT em 2016.

As ações foram batizadas de Sem Fronteiras e Operação Abate, respectivamente. Foram expedidos 46 mandados judiciais, sendo 29 de busca e apreensão, 11 de condução coercitiva e seis mandados de prisão temporária, segundo a PF.

As operações investigam os crimes de corrupção, desvio de verbas públicas e lavagens de ativos identificados em contratação de grandes empresas com a Petrobras. Na Operação Sem Fronteiras, é investigada a relação espúria entre executivos da Petrobras e um grupo de armadores estrangeiros para obtenção de informações privilegiadas e favorecimento para contratos milionários com a empresa brasileira.

A Operação Abate visa desarticular um grupo criminoso que era apadrinhado pelo ex-deputado federal, cuja influência era utilizada para a obtenção de contratos da Petrobras com uma empresa estrangeira. Nesta relação criminosa, recursos foram direcionados para pagamentos indevidos a executivos da estatal e agentes públicos e políticos, além do próprio ex-parlamentar petista, de acordo com a PF.

O MPF (Ministério Público Federal) afirma que Vaccarezza usou a influência decorrente do cargo em favor da contratação da empresa Seargent Marine pela Petrobras. No total, a empresa obteve 12 contratos entre 2010 e 2013 que somam US$ 180 milhões.

O ex-deputado federal, conforme o MPF, recebeu cerca de US$ 500 mil em propina. Também foram beneficiados pelo pagamento de propina o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que se tornou delator da Operação Lava-Jato.

No Rio de Janeiro, foi expedido um mandado de prisão contra o empresário Henry Hoyer de Carvalho, apontado como operador do PP no esquema de corrupção na Petrobras. O irmão dele também é um dos alvos. Segundo o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, Carvalho teria substituído Alberto Youssef na interlocução com a sigla em 2012.

Carvalho chegou a ser alvo de condução coercitiva da 13ª fase da Operação Lava-Jato, em 2015, e foi preso porque os policiais descobriram que ele tinha armas e munição de uso restrito sem autorização legal. Alguns dias depois, foi solto. Os presos nesta sexta-feira serão transferidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná.

Perfil

Cândido Elpídio de Souza Vaccarezza, 61 anos, foi duas vezes deputado estadual em São Paulo e outras duas deputado federal. Nos quatro mandatos era filiado ao PT. Em Brasília, foi líder do governo dos ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff. Ganhou fama de articulador hábil e ecumênico, com trânsito nas bancadas de partidos que tradicionalmente fazem oposição ao PT.

 

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