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Política Ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência diz que inquérito sobre espionagem de autoridades e jornalistas é “político”

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defesa de Ramagem negou que o então diretor-geral da Abin tenha orientado Bolsonaro nos ataques ao sistema eleitoral.(Foto: Reprodução)

O deputado federal e pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro pelo PL, Alexandre Ramagem, afirmou em entrevista que o inquérito que apura a suspeita de uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar autoridades e jornalistas durante o governo Jair Bolsonaro é “político”. Ramagem era diretor da agência à época dos fatos sob investigação.

“As investigações só vieram à minha pessoa após eu ter colocado o nome como pré-candidato”, afirmou o deputado. “Estou vendo que se trata muito mais de uma investigação política do que jurídica.”

A investigação sobre a “Abin paralela” atinge Ramagem, que comandou o órgão entre julho de 2019 e abril de 2022. Em janeiro deste ano, ele foi alvo de buscas na Operação Última Milha, da Polícia Federal (PF). De acordo com a PF, os investigados são suspeitos de usar um sistema espião chamado FirstMile para fazer os monitoramentos ilegais.

Ramagem afirmou que, quando era diretor da Abin, detectou desvios no uso do programa FirstMile e agiu para corrigilos. “Exoneramos um diretor, encaminhamos à corregedoria para as providências cabíveis”, afirmou o deputado.

Ao longo da investigação, a PF encontrou com Ramagem e-mails contendo um roteiro de orientações para Bolsonaro sobre ataques às urnas eletrônicas. Questionado se pretende contestar o sistema de votação este ano, o pré-candidato à prefeitura do Rio afirmou que pode haver judicialização sobre o tema, mas que não tem a intenção de ir à Justiça discutir o assunto.

“Não estou pensando nisso, estou pensando em ganhar as eleições.” Na disputa deste ano, Ramagem tem como principais adversários o prefeito Eduardo Paes (PSD) e o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL).

Na entrevista, Ramagem negou ter enviado conteúdo que levanta dúvidas sobre a lisura das urnas eletrônicas a Bolsonaro. “É uma opinião privada dentro do computador, é de cada um”, disse. Indagado se confia no sistema eleitoral do País e se reconhecerá o resultado da eleição para prefeito, independentemente do vencedor, o deputado se esquivou. “Sempre me manifestei que nós devemos aprimorar os sistemas. Tem que ser aprimorado pelas melhores tecnologias, melhores sistemas de apuração.”

Apoiado pela família Bolsonaro, Ramagem comentou ainda sobre a reabertura da Bolsa de Valores na cidade e os incentivos para que isso ocorra. Para o pré-candidato do PL, eles devem ir além de vantagens no ISS, oferecidas por Paes. “Tem que ser tratado com seriedade. Não com o vídeo que ele (Paes) fez, parecia uma chacota, brincando”, declarou, em uma referência à gravação em que o prefeito faz uma provocação à Faria Lima, região em São Paulo que concentra empresas ligadas ao mercado financeiro.

O pré-candidato do PL também se mostrou favorável à concessão de benefícios fiscais para atrair empresas de outras áreas para o Rio. “(Temos de) Trazer o comércio e a indústria de volta, que estão indo para São Paulo e para o interior de Minas. Até o turismo corporativo foi para São Paulo, temos que trazê-lo de volta, e fazer os incentivos devidos para cada setor”, declarou.

Ramagem aparece entre 7% e 13% nas mais recentes pesquisas de intenção de voto. Paes lidera a corrida no Rio.

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