Sexta-feira, 07 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 18 de dezembro de 2015
O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró disse à PGR (Procuradoria-Geral da República) que repassou propina ao presidente do Senado, Renan Calheiros, aos senadores Jader Barbalho e Delcídio do Amaral.
Ele está preso desde janeiro e foi condenado em dois processos da Lava-Jato que somam 17 anos de prisão. A delação premiada é uma tentativa de reduzir essa pena.
Cerveró disse que de 2001 a 2002, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, ele e Delcídio do Amaral receberam propina em um contrato de compra de turbinas a gás pela Petrobras. Na época, Delcídio era diretor de Gás e Energia da Petrobras e Cerveró gerente dele.
Cerveró se tornou diretor da Área Internacional em 2003, no começo do governo Lula. No depoimento, Cerveró afirmou que chegou ao cargo por indicação do então governador do Mato Grosso do Sul, Zeca do PT, de Delcídio do Amaral e do ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu. Dirceu e Delcídio estão entre os presos da Operação Lava-Jato.
Cerveró disse que a compra da refinaria de Pasadena (EUA) foi o primeiro negócio que rendeu propina a políticos depois que ele assumiu a Diretoria Internacional. Ele falou que um dos primeiros a bater na porta da diretoria foi Delcídio. Cerveró se comprometeu a repassar a ele 2,5 milhões de dólares para a eleição de 2006, quando o senador disputou a campanha para governador de Mato Grosso do Sul. (AG)