Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2021
Roberto Dias prestou depoimento à CPI da Covid
Foto: Marcos Oliveira/Agência SenadoO ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias chamou, nesta quarta-feira (07), o policial militar e vendedor de vacinas Luiz Dominguetti de “picareta”. No seu depoimento à CPI da Covid, Dias disse que nunca pediu propina.
O ex-diretor deixou o cargo na semana passada, em meio à acusação de Dominguetti – que se apresenta como representante da Davati Medical Supply – de que em fevereiro, durante um jantar em Brasília, Dias teria pedido propina de US$ 1 por dose de vacina da AstraZeneca, em uma negociação que envolveria 400 milhões de doses.
“Acerca da alegação do senhor Dominguetti, nunca houve nenhum pedido meu a este senhor. O mesmo já reconheceu à CPI que nunca antes daquela data havia estado comigo […] O senhor Dominguetti, que aqui nessa CPI foi constatado ser um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde e durante sua audiência deu mais uma prova de sua desonestidade”, afirmou Dias.
Ele também refutou a denúncia do servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, que disse que sofreu uma pressão atípica do ex-diretor para aceleração da importação da vacina indiana Covaxin.
“Fui injustamente acusado de pressionar um funcionário e, como prova, foi demonstrada uma mensagem encaminhada às 20h de um sábado onde eu perguntava: como está a LI da vacina? Essa é a única frase que me atribuem como prova de pressão. A mensagem nada se referia à Covaxin, até porque em um sábado à noite nada teria mudado. O teor da mensagem se referia à LI da AstraZeneca que chegaria no domingo”, continuou Dias.