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Por Redação O Sul | 18 de dezembro de 2015
O ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo, do PSDB, disse que recorrerá da condenação por desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro no caso conhecido como o mensalão tucano. Ele é o primeiro condenado no processo que está na Justiça há oito anos.
Segundo o MP (Ministério Público), o mensalão tucano foi um esquema de desvio de dinheiro de empresas públicas para financiar a campanha de reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB), ao governo de Minas Gerais, em 1998.
Contratos de publicidade das estatais mineiras com as agências de Marcos Valério eram superfaturados ou simulados. Além disso, o Banco Rural concedia empréstimos às agências sem garantias. O dinheiro desviado ia para a campanha de Azeredo. O esquema só começou a ser investigado em 2005, durante o escândalo do outro mensalão, o do PT.
Em novembro de 2007, a Procuradoria-Geral da República denunciou 15 pessoas por desvio de recursos públicos e por empréstimos fraudulentos. Eduardo Azeredo era o único com foro privilegiado. Ele era senador pelo PSDB de Minas Gerais.
Foram denunciados também Marcos Valério e o candidato a vice na chapa de Azeredo, Clésio Andrade, que era sócio de Marcos Valério. Um ano e meio depois, o STF desmembrou o processo. Por Azeredo ter foro privilegiado, a ação contra ele permaneceu no STF. As outras foram para a Justiça comum de Minas. (AG)