Sexta-feira, 17 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 19 de novembro de 2015
Apontado como responsável pela morte de cinco mulheres e acusado de causar lesões corporais graves em 29 pacientes de Goiás e do Distrito Federal entre os anos de 2000 e 2002 – todas vítimas de complicações após cirurgias plásticas –, o ex-médico Marcelo Caron foi filmado atuando como dentista na Penitenciária Estadual de Alcaçuz (RN), onde cumpre pena desde 2013. Questionado, o homem disse que o fato aconteceu na semana passada.
“Esse atendimento, na verdade, é uma prestação de socorro ao colega apenado, o interno que está preso, que não tem um atendimento devido, devido a falta de atendimento na rede. Foi um trabalho humanitário”, justificou.
“As pessoas podem ver que o atendimento ali [no vídeo] é um atendimento de socorro, que não é nada dentário, não tem nenhum tratamento de processo odontológico ali, que não é visto nenhum material que é visto na filmagem. O material é a cadeira do dentista, é o lugar que se usa para abrir a boca. O rapaz ali tinha um abscesso na boca. O que a gente tá fazendo ali é um curativo na boca”, acrescentou.
O Conselho Regional de Odontologia afirmou que o exercício ilegal da profissão de cirurgião-dentista é crime e está previsto no artigo 282 do Código Penal Brasileiro. A pena para o delito é prisão de seis meses a dois anos.